Identifica??o de interesses comuns e gest?o de diferen?as assumem-se como os objetivos principais.
Após a chegada do presidente Xi Jinping à Florida, na quinta-feira, para um seu encontro com o seu homólogo americano, Donald Trump, vários think tanks nos dois países antecipam o refor?o do entendimento mútuo entre as duas partes.
A reuni?o entre os chefes de Estado das duas maiores economias do mundo está irá ter lugar no resort Mar-a-Lago, na vila de Palm Beach, na quinta e sexta-feira, no seguimento de uma visita do chefe de Estado chinês à Finlandia.
O encontro impulsionou as esperan?as de se assistir a um desenvolvimento na intera??o política e económica sino-norte-americana, numa altura em que a China se tornou no mercado de exporta??es com a maior velocidade de crescimento fora da América do Norte para os EUA. O comércio das duas na??es em commodities ascendeu aos 519,6 bilh?es no ano passado.
Stapleton Roy, ex-embaixador Americano na China, afirma que o encontro pode abordar as quest?es mais prementes da rela??o bilateral e ajudar a estabelecer uma rela??o pessoal que venha a repercutir-se de forma positiva à medida que as diferen?as surgem.
Roy, um especialista em política chinesa dos EUA, disse numa conferência em Washington que “o que antevejo é que as duas na??es procurem um resultado positivo”.
Su Ge, presidente do Instituto da China para os Estudos Internacionais, disse que o encontro testemunhará os dois líderes “procederem à elabora??o de padr?es que estipulem os parametros para o relacionamento entre duas potências mundiais”.
“Estabelecer uma dire??o a seguir será de uma importancia vital para a rela??o China-EUA e para a paz, estabilidade e desenvolvimento na regi?o ásia-Pacífico”, disse Su.
Stephen Orlins, presidente do Comité Nacional para as Rela??es China-EUA, afirma que entre os vários itens em agenda, figuram a reafirma??o da política de “Uma Só China”, a península coreana e quest?es de comércio.
Os EUA necessitam de cooperar, ao n?o fechar o seu mercado ao comércio internacional. O objetivo de Trump de revitalizar as infraestruturas americanas é uma área onde a China pode oferecer o seu contributo, disse Orlins.
Robert Daly, director do Instituto Kissinger para a China e EUA, afian?a que “quanto mais Trump e Xi se encontrarem, melhor”.
“Se ambas as partes forem capazes de transmitir uma à outra o seu desejo de ter uma rela??o construtiva face a press?es de competi??o, se forem capazes de dar o primeiro passo com sucesso, isso será suficiente”.
Stanley Roth, ex-secretário de Estado assistente para a ásia Oriental e Pacífico, disse: “A minha experiência diz-me que as primeiras visitas tendem a ser muito mais gentis. Eles tentar?o construir uma rela??o entre dois líderes”.
Su Xiaohui, investigador em estratégia internacional no Instituto de Estudos Internacionais da China, previu que a administra??o Trump n?o irá cortar com os canais de comunica??o bilateral estabelecidos pelas administra??es norte-americanas anteriores, e que ser?o criados novos métodos de manter o contacto com a lideran?a chinesa.
“é natural que existam divergências entre os países. A solu??o passa pelo exercício do controlo e gest?o delas”, asseverou.