Washington, 25 abr (Xinhua) -- Apenas três meses depois de sua presidência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibe seu poder na ásia e no Oriente Médio, mostrando uma política externa americana mais dura do que seu antecessor, Barack Obama.
Trump recentemente ordenou um ataque de mísseis contra a Síria por retalia??o a um ataque químico relatado pelo governo sírio, liderado pelo presidente Bashar al-Assad.
Ele também ordenou aos militares a lan?arem "a m?e de todas as bombas," que é a mais poderosa bomba n?o nuclear, no Afeganist?o, que matou dezenas de terroristas. Ao mesmo tempo, ele tem criticado a Coreia do Norte (RPDC) sobre seus programas nucleares e de mísseis, reorientando um porta-avi?es dos EUA para as águas próximas à Península Coreana.
Especialistas dividem-se em avaliar a política externa de Trump apenas três meses após sua posse. Enquanto alguns consideram que ele fez grandes negócios apesar desses movimentos, outros afirmam que os ataques, pelo menos até agora, podem n?o fazer muita diferen?a.
"Trump definitivamente tem uma política externa mais dura do que Obama," disse Darrell West, vice-presidente e diretor de estudos de governan?a da Brookings Institution, à Xinhua.
Trump está mais disposto a desdobrar for?as militares e a bombardear adversários, enquanto Obama preferiu confiar na diplomacia para resolver problemas e usou as respostas militares apenas como último recurso, argumentou ele.
"Trump às vezes ignora a op??o de diplomacia e vai direto para a a??o militar, o que colocou os líderes estrangeiros em aviso, mostrando que sua abordagem é mais muscular e mais impulsiva," disse West.
Trump "provavelmente será impaciente com a diplomacia tradicional e mais propenso a uma a??o militar rápida projetada para atingir objetivos específicos," disse ele.
A RPDC é "um bom exemplo disto," disse West, acrescentando que Trump já colocou a Coreia do Norte sob aviso, afirmando que ele n?o vai tolerar mísseis contínuos e testes nucleares.
"Ele vê isso como uma amea?a aos Estados Unidos e aos aliados americanos, mas se a diplomacia n?o produz os resultados desejados, Trump disse que todas as op??es, incluindo as militares, est?o na mesa," disse West.
Dan Mahaffee, vice-presidente sênior e diretor de política do Centro de Estudos do Congresso e da Presidência, disse à Xinhua que a política externa de Trump reflete uma maior disposi??o de usar a for?a militar dos EUA quando as circunstancias o exigirem.
Os principais assessores de Trump, como o Secretário de Defesa Jim Mattis e o Assessor de Seguran?a Nacional HR McMaster, serviram em conflitos recentes e entendem que a for?a militar é uma ferramenta de muitos na caixa de ferramentas de política externa dos EUA, disse Mahaffee.
"Eu acho que Obama era mais cético sobre a eficácia da for?a militar dos EUA, especialmente quando aplicado ao conflito da Síria, bem como preocupa??es com a escalada com a Rússia e o Ir?, especialmente porque o acordo nuclear com o Ir? foi um importante objetivo de política externa para a administra??o," ele disse.
Trump quer demonstrar que os EUA n?o s?o tímidos em usar a for?a para atingir seus objetivos políticos, e que a Administra??o Trump está mais disposta a considerar a a??o militar do que a Administra??o Obama, disse Mahaffee.
No entanto, Michael O'Hanlon, membro sênior da Brookings Institution, disse à Xinhua que é muito cedo para concluir que Trump tem uma política externa mais dura.
Trump lan?ou uma grande bomba no Afeganist?o, cujo rendimento explosivo é semelhante ao que os EUA lan?a diariamente, cumulativamente, nessas guerras, se n?o menos do que a média diária, disse O'Hanlon.
"N?o há nenhum efeito perceptível de nenhum de seus usos da for?a sobre os conflitos na Síria, Iraque e Afeganist?o ou a crise na Coreia, além das tendências que já estavam em andamento durante os anos de Obama," disse O'Hanlon.
Ele observou que Obama matou o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e usou ataques aéreos para um grau sem precedentes na morte de terroristas ao redor do mundo.
Trump espera que os líderes mundiais percebam "um senso de muscularidade e imprevisibilidade," mas "veremos," disse O'Hanlon.
Muitos est?o preocupados com a escalada das tens?es na Península Coreana, já que Trump enviou um grupo de ataque de porta-avi?es para a regi?o.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse ter?a-feira em Tóquio, no Jap?o, que "todas as op??es est?o na mesa" para "alcan?ar nosso objetivo comum de uma península coreana livre," embora o diálogo continue sendo o melhor caminho.