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Potencialidades econ?micas da iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota”

Fonte: Diário do Povo Online    12.05.2017 14h51

Por José Medeiros da Silva* e Marina Zucker Marques** 

A constru??o do Cintur?o Econ?mico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século 21 é o eixo central sob o qual se apoiará a China para a promo??o do seu desenvolvimento e a intensifica??o de suas rela??es e intera??es com os outros países. Sua implanta??o imprimirá uma nova dinamica na geoeconomia mundial e abrirá novas oportunidades que, se bem visualizadas e aproveitadas, podem beneficiar um conjunto significativo de pessoas, empresas e países.

Abreviadamente denominada de o Cintur?o e a Rota, esse grandioso projeto capitaneado pelo governo chinês tem como um dos seus objetivos criar uma nova dinamica econ?mica entre a China, a eurásia e a áfrica.

Pelos valores envolvidos, essa iniciativa tem grande potencial para estimular a economia global, que sofre uma acentuada desacelera??o desde a crise financeira de 2008. O custo estimado do investimento do projeto está entre US$ 900 bilh?es e US$ 4 trilh?es (o número n?o está fechado e as estimativas variam muito dependendo do referencial usado por cada especialista) e vai envolver diretamente mais de 60 países que s?o em sua maioria de renda média ou baixa. Para se ter uma ideia do montante, em 2016, o PIB dos países envolvidos diretamente nessa iniciativa girou em torno 13 trilh?es de dólares (com exce??o da China).

Apesar do montante dos investimentos inicialmente previstos estarem programados para serem aplicados ao longo de alguns anos, essa compara??o com o PIB dos países diretamente envolvidos revela que tais investimentos n?o s?o desprezíveis, podendo auxiliá-los decisivamente no seu desenvolvimento econ?mico e social.

Além disso, a expectativa de novos investimentos poderá estimular outros grupos econ?micos, internos ou externos, a atuarem mais incisivamente nessas economias, gerando assim um ciclo econ?mico virtuoso capaz de atrair invers?es adjacentes e potencializando cada vez seu efeito multiplicador. Dito de outro modo, o real impacto econ?mico dessa iniciativa também irá depender da natureza dos investimentos e o grau de envolvimento e de encadeamento entre as economias locais. Assim, quanto mais envolvidos estivem os grupos locais, maior a potencialidade do projeto gerar benefícios para os seus atores.

Do ponto de vista financeiro, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB- sigla em Inglês) atuará como o bra?o da iniciativa Cintur?o e Rota. Esse banco já tem um capital autorizado de 50 bilh?es de dólares e eventualmente pode ser aumentado para o montante de 100 bilh?es. Atualmente, as institui??es financeiras privadas e multilaterais existentes apresentam baixo interesse em financiar projetos de infraestrutura de longo prazo, assim sendo com o AIIB, a demanda por esse tipo de financiamento pode ser suprida, viabilizando dessa forma os investimentos dos projetos que dinamizar?o economicamente a proposi??o chinesa.

Vale mencionar também que, além do AIIB, no final de 2014 o presidente chinês Xi Jinping anunciou a cria??o do Fundo da Rota da Seda, onde a China aportará US$ 40 bilh?es para apoiar o desenvolvimento de infraestruturas e a coopera??o industrial dos países ao longo das rotas terrestre e marítima da Rota da Seda.

Evidentemente, apesar dos aspetos econ?micos e financeiros serem os fatores-chave da Iniciativa de o Cintur?o e a Rota, essa iniciativa será melhor compreendida se observada como um plano bem mais amplo, onde esses fatores n?o s?o um fim em si mesmos, mas apenas instrumentos para se atingir objetivos mais duradouros. Nessa perspectiva, o volume dos investimentos até agora anunciados é apenas um fator circunstancial, já que o mesmo deve aumentar exponencialmente ao longo do seu aprofundamento.

De forma mais ampla, a proposta da China se articula em “Cinco Níveis”, objetivando promover a coordena??o política, a conectividade de estradas e rotas, o livre comércio, convertibilidade de moedas e aproxima??es de culturas e povos.

Essa iniciativa marca principalmente a emergência da China no palco da governan?a global e, claro, vai refletir também sua vis?o sobre esse mesmo mundo.

Nesse sentido, é preciso um olhar mais agu?ado e de longo prazo, livre de uma mentalidade preconceituosa e belicista que predominou no século XX, para que essa nova tendência do desenvolvimento econ?mico global seja adequadamente dimensionada e conjuntamente trabalhada objetivando sempre a gera??o e compartilhamento de benefícios efetivos para a melhoria das condi??es de vida dos mais diversos povos.

Particularmente, destacaríamos ainda que os países de língua portuguesa têm novamente diante de si oportunidades ímpares, que devem ser minuciosamente buscadas e estudadas. Recorde-se de que Macau, uma porta privilegiada do bra?o marítimo desse novo projeto, é a sede do Fórum para a Coopera??o Económica e Comercial com os Países de Língua Portuguesa de Macau (Fórum de Macau) e foi designada por Beijing como o elemento-ponte principal na constru??o de sinergias com os referidos países. E n?o há dúvidas de que o seu legado cultural o legitima para essas conectividades e as intera??es que emergem do tempo presente.

Parece que Um Cintur?o e Uma Rota pode ajudar a tornar bem mais factível o sonho desenhado em um dos poemas mais conhecidos da língua portuguesa e escrito por Fernando Pessoa, um dos maiores patrim?nios da cultura lusófona: “Deus quis que a terra fosse toda uma/Que o mar unisse, já n?o separasse”. (Fernando Pessoa - Mensagem)

 

*Doutor em Ciência Política pela Universidade de S?o Paulo, professor na Universidade de Estudos Internacionais de Zhejiang, em Hangzhou, China.

**Economista pela Faculdade de Campinas-FACAMP e atualmente Mestranda em Economia e Comércio Internacional pela Universidade da Indústria e Comércio de Zhejiang, em Hangzhou, China. 

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