Johannesburgo, 2 jun (Xinhua) -- As rela??es entre a China e a áfrica do Sul devem ser elevadas para novas alturas com o aumento dos intercambios culturais e de pessoas entre os dois países do BRICS.
Lucas Banda, especialista em rela??es internacionais da Universidade de Midrand, citou o setor de turismo como um destaque desta tendência.
"As chegadas chinesas cresceram 93% em 2016", disse Banda à Xinhua.
Os turistas chineses para a áfrica do Sul aumentaram 56% durante o período de janeiro a outubro de 2016 em compara??o com o ano anterior, mostraram dados do instituto de pesquisa de turismo da áfrica do Sul.
"Espera-se que a coopera??o entre a China e a áfrica do Sul aumente este ano devido ao acordo bilateral", acrescentou, referindo-se ao mecanismo bilateral de intercambio de pessoas lan?ado em abril.
Ao abordar a conferência de abril que lan?ou o mecanismo, a ministra da Cultura da áfrica do Sul, Nathi Mthethwa, acredita que o mecanismo servirá para consolidar as rela??es entre a áfrica do Sul e a China.
"A arte, a cultura e o patrim?nio nos concedem a oportunidade de aprender sobre a vis?o de mundo, os sistemas de cren?a e o modo de vida dos outros, o que é uma parte crítica da cria??o de um mundo melhor para todos", afirmou o ministro.
Timothy Drury, especialista independente em rela??es internacionais, espera que o mecanismo de troca de pessoas ajude a aprofundar a compreens?o mútua, bem como a coopera??o bilateral em setores como ciência, tecnologia, cultura, educa??o, saúde, esportes e turismo.
Em seus olhos, o mecanismo de troca também "proporcionará um ímpeto perfeito para impulsionar o comércio bilateral", e como um novo padr?o de intercambios com esfor?os governamentais e n?o-governamentais, espera-se atrair organiza??es em vários níveis.
"A áfrica do Sul lan?ou recentemente cursos de treinamento de mandarim nas escolas para ajudar e refor?ar a rela??o bilateral. A comunica??o é vital nas trocas culturais", acrescentou Drury.
A áfrica do Sul, onde há muitos f?s de artes marciais chinesas e ópera de Pequim, está entre os poucos países africanos que incluem o ensino de chinês em sua educa??o nacional.
Siphamandla Zondi, professora da Universidade de Pretória, pede mais esfor?os para aproveitar o potencial no desenvolvimento das trocas entre pessoas entre a áfrica do Sul e a China.
"Existe um potencial para incentivar esta (rela??es entre pessoas) para um nível superior com muitas iniciativas", disse Zondi.
Por exemplo, ele disse que as intera??es entre organiza??es n?o-governamentais dos dois países, organiza??es comunitárias, grupos culturais, escolas e grupos musicais devem melhorar.
Além disso, "tem que haver programas e iniciativas que reúnam os povos. Isso criaria acesso a diferentes culturas, vidas sociais, lugares e oportunidades econ?micas à medida que interagem e trazem solidariedade com outras pessoas e aumentam o conhecimento", afirmou.
A este respeito, Zondi disse que o mecanismo de intercambio de pessoas de alto nível estabelecido entre a áfrica do Sul e a China é útil.