Os membros da Organiza??o da Coopera??o de Shanghai (OCS) têm vindo a atualizar a interconectividade comercial e econ?mica durante os últimos 16 anos, desde a funda??o do bloco, em 2001 — da coopera??o energética quando a institui??o dava os primeiros passos, à circula??o de mercadorias, recursos humanos e servi?os na regi?o.
A maioria dos países da OCS, composta pelo Cazaquist?o, China, Quirguist?o, Rússia, Tajiquist?o e Uzbequist?o, possui grandes reservas de gás e petróleo e objetiva explorar o mercado chinês, através do qual será promovida a integra??o econ?mica regional da ásia-Pacífico e a diversifica??o da exporta??o de energia.
Em maio de 2006, foi inaugurado o oleoduto China-Cazaquist?o, que se estende por uma distancia de 962 quil?metros, constituindo um caso pioneiro de importa??o de petróleo por esta via.
Daí em diante, outros países da OCS aprofundaram também a coopera??o com a China no setor energético, aumentando a exporta??o deste bem por meio da constru??o de oleodutos, gasodutos e caminhos ferroviários, formando uma “Rota de Energia” que atravessa a ásia Central e o leste daquele continente.
A coopera??o energética cada dia mais estreita entre os membros do OCS fomenta o crescimento econ?mico do bloco.
Em 31 de maio passado, teve lugar no estado de Bucara, no Uzbequist?o, uma cerim?nia de inaugura??o da obra terrestre do campo de gás natural em Karabul, cuja empreitada esteve a cargo da Petroleum Engineering & Construction Group (Uzbequist?o).
Na cerim?nia, Kabul Tukhtaev, o vice-presidente do gigante petrolífero do Uzbequist?o, Uzbekneftegaz, afirmou que o governo uzbeque valoriza em larga medida o investimento chinês no seu país, e que o projeto n?o só atenderá à demanda doméstica de petróleo e gás, como também criará mais postos de trabalho e aumentará a receita tributária local.
Mais se acrescenta que os membros da OCS estabeleceram um mecanismo de coopera??o para garantir o abastecimento estável de petróleo e gás natural, para se precaverem contra os riscos no mercado energético, proveniente da ondula??o de pre?os entre a oferta e a procura.
O mecanismo de coopera??o estabelecido no quadro da OCS é também favorável à interliga??o entre a iniciativa chinesa do Cintur?o e Rota e a Uni?o Econ?mica Euroasiática(UEE).
Os membros, observadores e associados da OCS s?o, na sua larga maioria, países emergentes e em desenvolvimento, geograficamente situados ao longo da extens?o territorial abrangida pelo “Cintur?o e Rota”. Como tal, apresentam necessidades prementes de fomentar a constru??o de infraestruturas, promover a interconectividade, aumentar a capacidade produtiva e criar plataformas financeiras.
A consuma??o de uma zona de livre comércio na OCS, através da livre circula??o de mercadorias, capital, servi?os e tecnologia na regi?o, surge da vontade partilhada por todos os membros, que priorizam o desenvolvimento dos setores de transporte, energia, telecomunica??es das indústrias leve e têxtil.
Até à data, a coopera??o entre a China e a Rússia nos setores da energia, transporte e aeronáutica obteve já resultados frutíferos.
Por seu turno, o Cazaquist?o se tornou um exemplo de coopera??o na capacidade produtiva no ambito da iniciativa do Cintur?o e Rota; a interconectividade estratégica entre a China e o Quirguist?o atravessa também uma senda de crescimento.
A OCS tem um grande potencial no que diz respeito à promo??o da futura coopera??o econ?mica regional, de acordo com Zhao Jinping, diretor do Departamento de Economia Exterior do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho do Estado da China.