Beijing, 16 jun (Xinhua) -- Desde o anúncio de corte dos la?os diplomáticos com o Qatar, o grupo saudita de países árabes continuou impondo press?o sobre o país do Golfo, embora surjam sinais de relaxamento da tens?o.
Na segunda-feira passada, a Arábia Saudita e os Emirados árabes Unidos (Emirados árabes Unidos), juntamente com alguns outros países, cortaram os la?os diplomáticos com o Qatar, acusando o estado do Golfo de apoiar e financiar o "terrorismo", além de interferir em seus assuntos internos.
A falha diplomática ocorreu poucos dias depois do fórum de Riyad, onde o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu às na??es árabes sunitas que isolassem o Ir? e assegurassem a seus aliados árabes que o Ir? "nunca teria uma bomba nuclear".
Esta crise diplomática marca um novo ponto baixo no Conselho de Coopera??o do Golfo desde 1992, quando um tiroteio na fronteira entre a Arábia Saudita e Qatar deixou dois mortos do Qatar e um saudita.
POSI??O FIRME CONTRA O QATAR
O embaixador dos Emirados árabes Unidos nos Estados Unidos, Yousef Al Otaiba, disse na ter?a-feira que os Estados Unidos deveriam considerar mudar sua base aérea do Qatar e pediram que a administra??o de Donald Trump use seu poder para pressionar o Qatar.
No entanto, ele também disse a jornalistas em Washington que n?o havia medidas militares tomadas pelos poderes árabes contra o Qatar, que abriga cerca de 10 mil soldados dos EUA em uma base militar n?o muito longe de Doha.
Questionado sobre o pedido do Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, para que os Emirados árabes Unidos e outros países do Golfo tomem medidas para aliviar a crise, ele disse: "Isso n?o vai acontecer".
Tillerson e o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, trabalharam nos telefones tentando acalmar a crise entre os países árabes.
Em Dubai, o Ministro de Estado dos Emirados árabes Unidos disse na segunda-feira que a solu??o-chave para a crise diplomática em curso está na Arábia Saudita.
As diferen?as cresceram mais cedo depois que Trump e o rei saudita Salman Bin Abdulaziz comprometeram uma posi??o unida contra o Ir?, acusando a República Islamica de patrocinar o "terrorismo" no Iêmen, no Líbano e em outros lugares do Oriente Médio.
Por outro lado, a Autoridade de Avia??o Civil Geral dos Emirados árabes Unidos disse na ter?a-feira que se comprometeu com a decis?o de 5 de junho de proibir todas as companhias aéreas e aeronaves Qatari registradas no Qatar de aterrissar em aeroportos estaduais ou atravessar seu espa?o aéreo soberano.
SINAIS DE RELAXAMENTO DA TENS?O
No domingo, o presidente dos Emirados árabes, o xeique Khalifa Bin Zayed Al-Nahyan e o rei saudita, Salman Bin Abdulaziz Bin Saud, indicaram que dem mostrar leniência com as famílias dos Emirados e sauditas no Qatar.
"é o come?o da raz?o e da sabedoria?" disse em sua conta no Twitter Anwar Mohammed Gargash, Ministro de Estado para Rela??es Exteriores dos Emirados árabes Unidos.
Também no domingo, o Kuwait disse que o Qatar estava pronto para ouvir as preocupa??es dos estados árabes do Golfo que romperam os la?os diplomáticos e econ?micos com ele, informou o jornal saudita Arab News. O Kuwait tem se esfor?ado para mediar a crise entre os lados envolvidos.
O Departamento de Estado dos EUA disse na ter?a-feira que foram feitos progressos para resolver a crise entre o Qatar e os seus vizinhos do Golfo, depois de altos funcionários dos EUA conhecerem os principais atores no impasse.
"Eu caracterizaria o humor e a abordagem para isso como sendo um que é esperan?oso, que acredita que o pior está atrás de nós", disse a porta-voz Heather Nauert aos repórteres.
"Tenha em mente que todos concordaram ou essas partes est?o trabalhando para um acordo de combate ao terrorismo, e esse é o foco principal", disse ela.
APOIO ESTRANGEIRO AO QATAR
Em meio a tens?es entre países árabes, vários países apoiaram firmemente o Qatar por diferentes meios.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou na segunda-feira as san??es impostas contra o Qatar, dizendo que n?o eram humanitárias nem islamicas, e exortou o Golfo e os países árabes a resolverem a crise.
Uma delega??o de três membros das For?as Armadas turcas (TSK) visitou o Qatar desde segunda-feira para os preparativos para a implanta??o de uma base militar no país, uma mudan?a para apoiar o estado rico em petróleo do Golfo.
A Turquia, juntamente com Marrocos, forneceu comida para o Qatar.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, afirmou nesta ter?a-feira que o Iraque rejeita o isolamento de qualquer estado da regi?o do Golfo, pedindo coopera??o para impedir o financiamento do terrorismo.
A chanceler alem?, Angela Merkel, disse na sexta-feira que estava preocupada com a situa??o no Qatar, acrescentando que todas as na??es do Golfo, e também o Ir? e a Turquia, deveriam trabalhar juntas para encontrar uma solu??o para a disputa regional.
O ministro das Rela??es Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, pediu na sexta-feira esfor?os diplomáticos para resolver a crise.
Enquanto o Departamento de Estado dos EUA chamou os poderes árabes para aliviar a press?o sobre o estado do Golfo, o presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu que o Qatar deixasse de apoiar o terrorismo.