Quito, 23 jun (Xinhua) -- O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, negou nesta quarta-feira qualquer liga??o com o caso de corrup??o envolvendo a firma de constru??o brasileira Odebrecht, que está sendo investigada por subornar funcionários do governo em 12 países.
"N?o há uma prova contra mim. N?o tenho nada a esconder, e minhas m?os est?o limpas," disse Glas, durante uma audiência pública perante o Comitê Fiscal da Assembleia Nacional do Equador.
Em uma audiência que durou quase três horas, Glas disse que nunca foi parte de nenhum contrato da Odebrecht.
"Eu invoco publicamente (...) qualquer ministro de estado ou qualquer gerente de empresa pública para dizer se Glas já pegou o telefone para pedir qualquer coisa durante um processo de contrata??o," disse ele.
Glas, que era o companheiro de equipe do presidente Lenin Moreno em sua campanha eleitoral presidencial este ano, pediu a audiência para revisar sua história política. Ele também foi vice-presidente do ex-presidente, Rafael Correa, entre 2013 e 2017.
Ele estava procurando silenciar as vozes da oposi??o que o acusam de estar ligado à Odebrecht.
O escandalo da Odebrecht explodiu no Equador em dezembro, quando o Departamento de Justi?a dos EUA revelou que a empresa brasileira pagou 33,5 milh?es de dólares em subornos a funcionários equatorianos entre 2007 e 2016, em troca de contratos públicos.
Durante a audiência de quarta-feira, Glas disse que, em maio, uma convoca??o foi enviada para todos os funcionários e gerentes de empresas públicas durante o governo de Correa e as administra??es passadas para revelar seus detalhes financeiros, datados de 1987, quando a Odebrecht come?ou a operar no Equador.
Ele disse que apoiou fortemente a liga??o, acrescentando que "seja investigado, pois ninguém está acima da lei".