O primeiro-ministro Li Keqiang disse na quarta-feira que a China tomou a iniciativa de cortar o excesso da capacidade de produ??o através de uma reforma estrutural do lado da oferta, oferecendo assim o seu contributo para a comunidade internacional.
“O excesso de capacidade de produ??o em algumas indústrias, que resultou de medidas de alívio quantitativo tomadas por vários países após a crise financeira de 2008, precisa de ser tratado através de esfor?os resolutos por parte da comunidade internacional”, disse Li.
O primeiro-ministro proferiu tais palavras durante um encontro com líderes de negócios e representantes da imprensa global, à margem do Encontro Anual dos Novos Campe?es 2017, vulgo Fórum Davos, a decorrer na cidade de Dalian.
No ano passado, o país eliminou mais de 65 milh?es de toneladas de capacidade produtiva de a?o e 290 milh?es de toneladas de capacidade produtiva de carv?o, ultrapassando os objetivos delineados para aquele ano.
Li disse que as reformas do país dependem da participa??o do capital estrangeiro, das empresas e do conhecimento. “A nossa reforma sempre decorreu em paralelo com a abertura... Damos as boas vindas a firmas estrangeiras que venham para a China e participem em fus?es e na reorganiza??o”, assinalou.
O primeiro-ministro comprometeu-se também a aliviar o acesso ao mercado doméstico a empresas estrangeiras no setor dos servi?os e a fazer uso de listas negras para gerir as empresas.
O apoio outorgado a empresas domésticas com base nos regulamentos da OMC será aplicado igualitariamente a empresas estrangeiras registadas na China, disse ele.
Numa lista negra constam áreas onde o investimento é proibido; todas as outras áreas s?o presumivelmente abertas ao negócio.
O investimento direto estrangeiro na parte continental da China cresceu 4.1% em 2016, com um forte investimento no setor de servi?os, de acordo com o Ministério do Comércio.
Durante o encontro, Alex Molinaroli, CEO da empresa Americana Johnson Controls, perguntou sobre os desafios enfrentados pela estratégia Made in China 2025.
Li Keqiang disse que a implementa??o desta estratégia constitui uma oportunidade de mercado para as empresas estrangeiras e domésticas, pois as empresas chinesas necessitam de melhorar a qualidade dos seus produtos ao introduzir novas técnicas e equipamentos.
“Para atingir esse objetivo, temos de trabalhar com economias desenvolvidas. Por exemplo, iniciamos uma coopera??o com a estratégia alem? ‘Industrial 4.0’, bem como com os EUA. Ir?o existir mais equipamentos e tecnologias a serem implementados na China com proveniência no exterior”, constatou.