Beijing, 2 jul (Xinhua) -- Sendo um documento histórico, a Declara??o Conjunta Sino-Britanica n?o tem for?a obrigatória sobre a administra??o do governo central chinês da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), indicou na sexta-feira o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Lu Kang.
Lu fez as declara??es em coletiva de imprensa em resposta à declara??o do secretário britanico das Rela??es Exteriores, Boris Johnson, em rela??o a Hong Kong.
Johnson assinalou na quinta-feira que o Estado de direito, um poder judicial independente e uma imprensa livre foram elementos centrais do sucesso de Hong Kong.
O secretário britanico disse que o sucesso contínuo da RAEHK dependerá dos direitos e liberdades protegidos pela Declara??o Conjunta Sino-Britanica, que foi assinada em 1984.
Em um comunicado de imprensa emitido na quinta-feira, a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert, comentou que "os EUA continuam preocupados com qualquer viola??o às liberdades civis em Hong Kong, incluindo as intrus?es à liberdade de imprensa, e apoiamos o desenvolvimento dos sistemas democráticos de Hong Kong".
Ao referir-se às declara??es de Johnson e Nauert, Lu sublinhou que Hong Kong é uma regi?o administrativa especial da China e, portanto, os assuntos de Hong Kong s?o quest?es internas da China.
O porta-voz chinês indicou que o sucesso de Hong Kong já ficou demonstrado durante os 20 anos desde seu retorno à China, e que ninguém de fora deve fazer declara??es incorretas a respeito.
A Declara??o Conjunta Sino-Britanica de 1984 esclareceu as respectivas obriga??es e responsabilidades tanto da China como do Reino Unido sobre a retomada da soberania da China sobre Hong Kong e os arranjos para o período de transi??o, expressou Lu.
Desde que Hong Kong retornou à pátria há 20 anos, a declara??o, como um documento histórico, já n?o tem nenhum significado prático nem nenhuma for?a obrigatória sobre a administra??o que realiza o governo central na RAEHK, acrescentou.
O Reino Unido n?o tem soberania nem governan?a nem superintendência sobre Hong Kong desde que a regi?o retornou à China em 1997, afirmou Lu, acrescentando que as pessoas relacionadas devem reconhecer esta realidade.
Com o forte apoio do governo central e da pátria, todos os setores da RAEHK obtiveram um amplo desenvolvimento, afirmou.
De 1997 a 2016, o produto interno bruto (PIB) de Hong Kong cresceu a uma taxa anual média de 3,2%, localizando-se entre as maiores economias avan?adas, disse Lu.
Durante 23 anos consecutivos, Hong Kong foi classificado como a economia mais livre do mundo no índice de Liberdade Econ?mica da Funda??o Heritage, destacou o porta-voz.
Hong Kong foi qualificada como a economia mais competitiva pelo segundo ano consecutivo no Anuário de Competitividade Mundial 2017 publicado pelo Instituto Internacional para Desenvolvimento Administrativo em Lausana, Suí?a, assinalou Lu.
Algumas pessoas poderiam ter sentimentos dúbios sobre as bem-sucedidas práticas do princípio de "um país, dois sistemas", a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong e a situa??o pacífica de vida e de trabalho dos moradores de Hong Kong, mas os moradores de Hong Kong est?o satisfeitos, afirmou Lu.