Moscou, 3 jul (Xinhua) -- O ministro do Desenvolvimento Econ?mico da Rússia, Maxim Oreshkin, acredita que a iminente visita do presidente chinês, Xi Jinping, dará um ímpeto adicional à coopera??o bilateral em diversas áreas.
O presidente chinês realizará uma visita de Estado de dois dias à Rússia a partir desta segunda-feira, durante a qual ele e seu colega russo, Vladimir Putin, discutir?o as dire??es e objetivos do desenvolvimento das rela??es bilaterais, aprofundar?o a mútua confian?a política e promover?o a coopera??o.
"A China n?o é somente nossa vizinha próxima, mas também nossa principal parceira comercial e econ?mica", disse Oreshkin à Xinhua em uma entrevista recente, acrescentando que a coopera??o entre os dois países cobre quase todas as áreas, como energia, indústria, infraestrutura, agricultura e ciência e tecnologia.
Em 2016, a China e a Rússia conseguiram parar a desacelera??o no comércio bilateral, obtendo um crescimento anual de 2,2% para US$ 69,5 bilh?es, de acordo com o Ministério do Comércio da China. Os dois países planejam aumentar o volume comercial para US$ 200 bilh?es em 2020.
Segundo Oreshkin, o Ministério do Desenvolvimento Econ?mico da Rússia e o Ministério do Comércio da China come?aram a identifica??o das barreiras para comércio bilateral, investimento e outras atividades econ?micas.
A seu julgamento, o aumento do comércio bilateral depende da implementa??o de grandes projetos conjuntos.
"Há boas condi??es para a coopera??o na constru??o de corredores de transporte --ferrovias, estradas e porto -- através do território russo, conectando os mercados da China e da Europa", assinalou.
A China e a Rússia est?o, de maneira conjunta, desenvolvendo a regi?o ártica e trabalhando na cria??o de um avi?o de grande porte para voos de longa distancia.
Durante a visita de Xi, os dois países assinar?o uma declara??o conjunta e aprovar?o os programas para a implementa??o 2017-2020 do Tratado de Boa Vizinhan?a, Amizade e Coopera??o entre a China e a Rússia.
Os dois também selar?o uma série de documentos sobre a coopera??o em áreas como comércio, economia, investimento, conectividade, meios de comunica??o e educa??o.
"A coopera??o com as empresas chinesas significa o estabelecimento de novas companhias, cria??o de empregos e investimento em infraestrutura", destacou o ministro russo.
Segundo ele, para atrair investidores chineses a Rússia empreendeu projetos de infraestrutura no Extremo Oriente do país, próximo à regi?o nordeste da China.
Os dois países concordaram em alinhar a Iniciativa do Cintur?o e Rota com a Uni?o Econ?mica Euroasiática (UEE), dirigida pela Rússia.
A iniciativa ganhou enorme tra??o desde que foi proposta pela China em 2013, composta do Cintur?o Econ?mico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século 21 e com o objetivo de estabelecer uma rede de comércio e infraestrutura conectando a ásia com a Europa e a áfrica ao longo, e mais longe, das antigas rotas comerciais.
A UEE agrupa Rússia, Armênia, Belarus, Cazaquist?o e Quirguist?o, com o objetivo de incentivar a integra??o econ?mica regional através do livre movimento de bens, servi?os e pessoas dentro da uni?o.
A integra??o dos dois planos de desenvolvimento criará novas oportunidades para transformar a Euroásia em um ambiente conveniente para comerciantes com procedimentos mais simplificados, destacou Oreshkin.
"Estamos falando sobre melhorar a infraestrutura de transporte e logística, criar novas rotas de transporte e centros logísticos utilizando o investimento chinês ou estabelecer consórcios com companhias chinesas", acrescentou.