Cairo, 4 jul (Xinhua) -- Um tribunal egípcio condenou no domingo 20 pessoas à pena de morte por acusa??es de assassinar 12 policiais quando atacaram uma delegacia de polícia em meados de 2013, informou a agência oficial de notícias MENA.
As senten?as de morte emitidas pelo Tribunal Penal do Cairo ainda podem ser objeto de recurso.
O assalto, conhecido como "massacre de Kerdasa", ocorreu em agosto de 2013, quando dezenas de militantes invadiram a delegacia de polícia principal no distrito de Kerdasa, província de Gizé, perto do Cairo, deixando 17 mortos, incluindo 14 policiais.
A maioria dos militantes eram leais ao grupo agora ilegal da Irmandade Mu?ulmana, do ex-presidente islamico Mohamed Morsi.
O incidente ocorreu mais de um mês após a remo??o militar de Morsi em 3 de julho de 2013 e pouco depois de uma grande pris?o de seguran?a em dois assentos pró-Morsi em 14 de agosto de 2013 no Cairo e Gizé, que deixou centenas de mortos e milhares de presos.
No julgamento de 156 acusados no caso, incluindo os 20 condenados à morte, o tribunal condenou 80 réus a 25 anos de pris?o, 34 a 15 anos, um menor a 10 anos e absolveu 21.
O caso envolveu originalmente 188 acusados, incluindo fugitivos.
Em fevereiro de 2015, o tribunal condenou 183 deles à morte e um menor a 10 anos de pris?o. Após os recursos, em fevereiro de 2016, o Tribunal de Cassa??o ordenou o julgamento de 156 deles.
Em abril de 2017, o tribunal criminal recomendou pena de morte para 20 deles e encaminhou seus documentos do caso para o Grand Mufti, o intérprete da lei religiosa do país, para obter sua opini?o religiosa sobre sua execu??o, que mais tarde a aprovou.
Morsi foi removido pelos militares no início de julho de 2013 após protestos em massa contra seu governo de um ano e seu grupo da irmandade.
Desde ent?o, as atividades antigovernamentais dirigidas contra homens policiais e militares, e depois a minoria copta, prevaleceram no país, deixando centenas de mortos, com a maioria dos ataques reivindicados por um grupo baseado no Sinai, fiel ao grupo militante do Estado islamico regional.
A lideran?a egípcia acredita que a irmandade está por trás de todas as atividades terroristas, apesar das negativas e reivindica??es de paz do grupo.
As for?as de seguran?a continuam perseguindo membros da irmandade e leais sobre acusa??es terroristas.
No domingo, a polícia disse que prenderam sete pessoas pertencentes ao grupo proibido ao conspirar para fazer uso de crises, abalar a opini?o pública e incitar a atitude anti-governo, especialmente após a recente subida dos pre?os do combustível.
A maioria dos líderes da irmandade, incluindo Morsi e o principal chefe do grupo, Mohamed Badie, est?o atualmente sob custódia e muitos deles receberam senten?as de morte apeláveis e pris?es perpétuas em vários cargos que variam de incitar violência e assassinato a espionagem e fuga da pris?o.
O próprio Morsi está cumprindo uma pena de pris?o de 20 anos por incitar os confrontos entre seus apoiantes e oponentes fora de um palácio presidencial no Cairo, no final de 2012, que matou 10 pessoas.
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