Riade, 25 jul (Xinhua) -- Como parte dos esfor?os de media??o renovados da Turquia, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se reuniu no domingo com o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, para discutir a crise diplomática entre o Catar e o quarteto saudita.
Os dois líderes abordaram os la?os bilaterais e os desenvolvimentos regionais, além dos esfor?os que est?o sendo exercidos para combater o terrorismo, informou a agência de imprensa saudita estatal.
A turnê do Golfo de Erdogan, que também o levará para o Catar e o Kuwait, veio em meio à nova ofensiva diplomática do turco destinada a encerrar o impasse do Golfo. O ministro das Rela??es Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, realizou uma turnê do Golfo para mediar o impasse no início do mês passado, sem obter grandes resultados.
O quarteto liderado pela Arábia, que também inclui os Emirados árabes Unidos (EAU), Bahrein e o Egito, cortou rela??es diplomáticas com o Catar em 5 de junho e imp?s um bloqueio à pequena na??o rica do Golfo.
Eles acusaram Doha de apoiar o terrorismo e interferir em seus assuntos internos, o que foi rejeitado pelo Catar.
A Turquia anunciou publicamente que está do lado do Catar, com o qual tem amplos la?os econ?micos e de seguran?a, e criticou o bloqueio saudita dizendo que é desumano.
No início do domingo, Erdogan disse a repórteres em Istambul, antes de partir para a Arábia Saudita, que a Turquia está buscando uma resolu??o imediata para a disputa diplomática em curso no Golfo.
"Ninguém tem interesse em prolongar mais esta crise," disse Erdogan.
Entre as 13 demandas apresentadas pelo bloco liderado pela Arábia Saudita, há o encerramento de uma base militar turca no Catar. A Turquia implantou uma série de tropas na base recentemente em um movimento destinado a refor?ar o lado do Catar diante das san??es e amea?as de seus vizinhos.
Ancara se recusou a retirar as tropas do Catar, uma jogada que frustrou os quatro países árabes.
Mas os sinais de alívio da crise surgiram recentemente após a visita ao Golfo realizada pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, durante a qual os EUA e o Catar assinaram um acordo para combater o financiamento ao terrorismo.
Isso abordou uma das principais demandas do bloco saudita, que criticou Doha dizendo que o Catar financia e apoia vários grupos extremistas, incluindo a Irmandade Mu?ulmana no Egito, o movimento do Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.
O Catar revisou sua lei sobre a luta contra o terrorismo durante a semana, um movimento que foi elogiado pelos Emirados árabes Unidos como sendo um "passo positivo".