por Keila Candido

Beijing, 26 jul (Xinhua) -- O Fórum da Juventude do BRICS iniciou na manh? desta ter?a-feira com a presen?a de mais de 60 jovens líderes, políticos e empreendedores e especialistas dos países do BRICS.

No painel de abertura, a vice-presidente da Federa??o Nacional da Juventude da China, Wang Hongyan, afirmou que é necessário promover um consenso mútuo entre os países, que têm diferen?as claras; inovar e promover inteligência e promover o poder dos jovens do BRICS. "Queremos mais canais para facilitar a participa??o dos jovens", disse.

Huang Yiyang, conselheiro do Departamento dos Assuntos Econ?micos Internacionais do Ministério das Rela??es Exteriores da China, disse que o BRICS tem o papel de trabalhar pelo seu desenvolvimento e tentar focar na coopera??o de beneficio mútuo, especialmente em um momento em que o mundo enfrenta tantas incertezas, turbulências no mercado financeiro, conflitos geopolíticos e terrorismo.

Depois de dez anos, o BRICS se desenvolveu passando apenas de uma ideia para um mecanismo de fato. "A coopera??o do BRICS tem representado uma nova vitalidade para a governan?a global", afirmou. "Acreditamos que vamos desempenhar um papel mais importante na governan?a global e temos coordenar nossas posi??es e ter certeza de que nossa voz será ouvida."

O representante brasileiro do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (NBD), Sergio Suchodolski, disse que dois ter?os dos empréstimos do banco entre 2017 e 2020 ser?o direcionados para infraestrutura sustentável.

Suchodolski afirmou que o banco foi fundado pelo BRICS, mas será aberto para outros países e que o processo de aplica??o já está sendo feito. O NBD foi criado para impulsionar projetos de desenvolvimento sustentável e infraestrutura. "O total de US$ 450 milh?es será destinado a projetos considerados "verdes" e que atendem aos padr?es internacionais. "

Cintur?o e Rota

Em um painel sobre a Iniciativa do Cintur?o e Rota, Wu Zhicheng, da Escola de Governo Zhou Enlai, da Universidade Nankai, afirmou que a iniciativa pertence ao mundo em geral, incluindo o BRICS, e desde que o presidente Xi Jinping prop?s a iniciativa, a China tem promovido a ideia como uma proposta global, que inclui infraestrutura, economia, finan?as e trocas entre pessoas.

De acordo com Wu, a Iniciativa do Cintur?o e Rota é altamente consistente com o BRICS porque foca em um consenso de desenvolvimento conjunto e o espírito de ganho mútuo. Ele disse ainda que a áfrica do Sul e o Brasil n?o fazem parte da Rota da Seda, mas podem compartilhar os dividendos da iniciativa, pois essa iniciativa também vai beneficiar a áfrica e a América Latina.

"Todos os países do BRICS podem cooperar com a Iniciativa do Cintur?o e Rota", disse. "A iniciativa n?o apenas aprofunda os la?os entre os países, mas também aumenta o peso dos países no cenário internacional."

Ainda sobre o peso que o BRICS pode ter no cenário mundial, o professor de Direito Evandro Menezes de Carvalho, da Funda??o Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, lembrou que o BRICS tem que manter sua agenda de reforma, ou ent?o n?o terá mais raz?o de existir e que a proposta do BRICS Plus (que incluiria Paquist?o, México e Sri Lanka) é bem-vinda, mas é necessário pensar em como vai agregar ou afetar o princípio pelo qual o grupo foi criado.

Carvalho alertou ainda para a necessidade de dar condi??es para que as institui??es de pesquisa dos países se desenvolvam e afirmou que as trocas entre pessoas é o pilar do BRICS.