Rio de Janeiro, 9 ago (Xinhua) -- Um tribunal brasileiro suspendeu o processo criminal de quatro empresas de minera??o supostamente envolvidas no colapso de uma represa de uma mina para verificar e validar as provas, informou na segunda-feira o site G1.
O desastre, que aconteceu em novembro de 2015, em Mariana, no sudeste do Brasil, desencadeou um tsunami de rejeitos de minério que matou 19 pessoas e causou a polui??o da água, tornando-se um dos maiores desastres ambientais da história brasileira.
As empresas de minera??o Samarco, Vale, VogBR e BHP Billiton e alguns indivíduos relacionados a essas empresas est?o enfrentando múltiplas acusa??es, incluindo homicídios e crimes ambientais, que as empresas negaram.
De acordo com o G1, a equipe de defesa das empresas alegou que as grava??es de chamadas telef?nicas incluídas no processo criminal foram obtidas ilegalmente. O tribunal decidiu que será realizada uma investiga??o para esclarecer se as grava??es foram obtidas legalmente e, por enquanto, o processo permanecerá suspenso.
A acusa??o negou quaisquer irregularidades durante as investiga??es e protestou contra a decis?o do tribunal.
"As grava??es indicadas pela defesa, como supostamente ilegais, nem sequer foram usadas na denúncia e, portanto, n?o deveriam ter causado a anula??o do processo," afirmou a promotoria.
O chamado Desastre de Mariana causou incalculáveis danos ambientais e econ?micos nas áreas atingidas. O fluxo de lama tóxica desceu um vale e destruiu completamente uma pequena comunidade residencial, matando 19 pessoas. Um dos corpos nunca foi encontrado.
A onda de lama também invadiu e poluiu todo o Rio Doce, o maior e mais importante rio dessa regi?o.
O ecossistema do rio foi completamente destruído, afetando animais e pescadores que vivem de alimentos e recursos do rio. O rio também era usado para gera??o de eletricidade e distribui??o de água, que foram ambos obstruídos.