Maputo, 11 ago (Xinhua) -- O encontro entre o presidente mo?ambicano, Filipe Nyusi, e o líder da oposi??o, Afonso Dhlakama, no domingo passado foi elogiado pelo ex-presidente Armando Guebuza e também pela Uni?o Europeia (UE), pelo governo dos EUA e por grupos acadêmicos em Mo?ambique.

"Todos nós estamos trabalhando e queremos ver a paz em Mo?ambique. Esta reuni?o significa que foram tomadas medidas importantes para uma paz efetiva em nosso país. Nós encorajamos essa iniciativa e esperamos que em breve possamos viver em paz," disse Guebuza na quarta-feira em Maputo.

Foi um passo surpreendente do presidente e do principal líder da oposi??o, e uma demonstra??o de boa vontade de ambos os lados para concretizar um final feliz e abrir um novo capítulo no desenvolvimento de Mo?ambique.

Os dois líderes reuniram-se no terreno da principal oposi??o, a Renamo, em Gorongosa, na província de Sofala, onde o líder da Renamo se refugiou depois de supostas tentativas das for?as armadas para acabar com sua vida.

Após a discuss?o, os líderes chegaram a um acordo sobre os próximos passos do processo de paz do país que deveria ser concluído até o final deste ano, de acordo com uma declara??o do presidente.

Eles pretendem trabalhar em estreita colabora??o com as comiss?es criadas pelo governo, juntamente com as delega??es da Renamo, e outra reuni?o será realizada para preparar os detalhes finais para a conclus?o do processo.

Sauda??es e elogios para ambos os líderes vieram logo após a reuni?o. A UE disse que a reuni?o é importante para que ambas as partes estabele?am uma confian?a mútua e parabenizou as partes pela iniciativa.

Através de sua embaixada em Maputo, o governo dos EUA também elogiou esta reuni?o por representar uma mudan?a significativa na atitude dos dois líderes em dire??o a uma paz duradoura no país.

"Este encontro representa outro passo significativo nos esfor?os conjuntos para alcan?ar uma paz duradoura que beneficiará a seguran?a e a prosperidade das pessoas da República de Mo?ambique," afirmou o comunicado de imprensa dos EUA.

Os grupos acadêmicos da sociedade mo?ambicana também expressaram seu apre?o pela reuni?o e abordaram as responsabilidades de cada parte envolvida na negocia??o, com o objetivo de chegar a um acordo que acabará com os esfor?os de reconcilia??o que vêm se arrastando desde 1992.

"Devemos nos alegrar, devemos ser confiáveis e ter em mente que o nível de confian?a aumentou entre os dois, mas precisamos garantir que nada prejudique essa situa??o," disse Louren?o do Rosário, um membro acadêmico e ex-membro da miss?o de observatório durante as conversa??es de paz em Maputo.

Desde a declara??o desta trégua indefinida, Mo?ambique n?o teve mais ataques nas estradas, principalmente nas regi?es central e norte.