Brasília, 15 ago (Xinhua) -- O ministro da Justi?a e Seguran?a Pública do Brasil, Torquato Jardim, revelou nesta ter?a-feira que a economia subterranea em torno do mercado ilegal no Brasil representa cerca de 16% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o ministro, que participou do seminário de promo??o da campanha "O Brasil que nós queremos", em Brasília, embora haja uma tendência de diminui??o, o valor ainda é muito alto.
A campanha, lan?ada em mar?o por um grupo de parlamentares e organiza??es da sociedade civil, visa conscientizar o setor público e privado e a sociedade em geral da necessidade de coibir a prática de contrabando e da sonega??o no Brasil.
Segundo as entidades, em 2016, o mercado ilegal gerou perdas de 130 bilh?es de reais para o país em setores produtivos, como tabaco e vestuário, além da sonega??o de impostos, valor que, de acordo com o ministro, n?o leva em conta toda a cadeia em torno do mercado ilegal.
Jardim informou que existem várias atividades sendo realizadas pelas for?as de seguran?a brasileiras em colabora??o com os países vizinhos para acompanhar o fluxo dessa criminalidade, mas que a maior dificuldade é a extens?o territorial do país, que só de fronteira seca tem quase 17 mil quil?metros, além da limita??o or?amentária.
"N?o se combate o mercado ilegal sem investimento. Assim como há um fundo constitucional para saúde e educa??o, é preciso ter o de seguran?a pública. Reduzir aqueles números (de 16% do PIB) é retorno de investimento", destacou Jardim.
Segundo o representante do Movimento Nacional em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, Fernando Bomfiglio, além da política pública é necessário o compromisso com a análise do impacto econ?mico e social das normas e da política tributária.
"Quando se excede a um nível razoável de imposto ou regulamenta??o, temos a contrapresta??o disso ou o resultado contrário disso, que é a eleva??o desses crimes no mercado ilegal", afirmou Bomfiglio.
Citou o exemplo do comércio de cigarros no mercado brasileiro, onde o contrabando corresponde a 40% das vendas.