A expans?o do BRICS para o “BRICS Plus” é necessária para tornar a organiza??o numa plataforma modelo para a coopera??o Sul-Sul, segundo consideram os especialistas chineses após um debate sobre a matéria na segunda-feira.

Durante um colóquio, realizado em Beijing no advento da 9a cúpula do BRICS, a ser realizada entre 3 e 5 de setembro em Xiamen, em Fujian, Ding Kuisong,o secretário-geral do Centro de Intercambio Cultural Internacional da China, referiu que o conceito econ?mico do BRICS é agora amplamente considerado um modelo para a coopera??o Sul-Sul. Portanto, averba como natural que o modelo ultrapasse os 5 países originais.

O ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, anunciou em mar?o que a China iria explorar novas formas de expandir o BRICS e de construir uma parceria mais alargada, ao estabelecer diálogos com outros países em desenvolvimento e organiza??es.

Atualmente, o grupo dos BRICS é composto por 5 países: Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul. Os novos membros potenciais incluem o México, Paquist?o, e o Sri Lanka, de acordo com o jornal China Daily.

Fu Mengzi, investigador do Instituto de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China, acrescentou que vários países no mundo s?o agora economias emergentes: da Indonésia à Malásia e Cazaquist?o, na ásia, ao México, na América Latina, e à Turquia, na Europa.

 “Na áfrica, vemos a Etiópia a atravessar uma rápida industrializa??o. Ali existir?o oportunidades para se juntarem à família BRICS”, referiu Fu, acrescentando que a expans?o do BRICS deve ser gradual, de modo a garantir os resultados da coopera??o a todos os membros.

 “A China tem estado principalmente focada nos países vizinhos e potências emergentes. No passado considerávamos a resolu??o dos nossos próprios problemas como o nosso contributo para o mundo, o que é verdade, mas agora garantimos um novo caminho rumo à moderniza??o para outros países em desenvolvimento”, disse Huang Ping, diretor do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS).

A organiza??o do colóquio coube ao Instituto Nacional de Estratégia Global (INEG) da (ACCS), Editora Acadêmica de Ciências Sociais, e CICEC. O seminário desvendou também um conjunto de publica??es sobre o BRICS, da autoria de acadêmicos chineses e internacionais.

 “O BRICS tornou-se um mecanismo internacional com impacto global, instando o avan?o do processo global da governan?a econ?mica, ao potenciar o direito à palavra a mercados emergentes e países em desenvolvimento”, disse o secretário-geral do INEG, Wang Linggui.