Por Du Haitao, Wang Ke e Wang Guan, jornalistas do Diário do Povo
Maior oferta no consumo, mais amplitude para a cria??o de negócios, maior qualidade de vida… A coopera??o econ?mica e comercial cada vez mais íntima entre os países do BRICS, veio permitir aos 3 bilh?es de habitantes dos 5 países usufruírem de cada vez mais de benefícios tangíveis.
A coopera??o entre os BRICS é responsável pela cria??o de várias oportunidades de investimento e abertura de negócios, sendo que os jovens saíram como os principais beneficiados pelas circunstancias. Há dois anos atrás, o jovem brasileiro Marcos veio a Xiamen para realizar negócios na área de materiais de constru??o. “O Brasil tem muitos recursos de pedra, mas se falarmos de pedra no seu estado natural, o pre?o é elevado e o a margem de manobra é curta. A pedra trabalhada produzida na China tem uma boa rela??o qualidade-pre?o e é popular entre os clientes brasileiros”. Em resposta às exigências do seu país, a agora popular empresa de comercializa??o de pedra de Marcos conseguiu totalizar um valor superior a 10 milh?es de dólares em exporta??es no ano passado.
A cidade costeira indianade Bombaim apresenta elevados índices de temperatura, pluviosidade e poeira durante todo ano. A linha 1 do metr? da cidade é uma artéria que veio facilitar imenso a vida dos cidad?os locais. O ambiente de seguran?a e conforto dos passageiros é garantido pela produ??o personalizada, garantida por uma empresa chinesa. O pioneiro do conceito do “BRICS”, o famoso economista Jim O’Neal, acredita que “a constru??o de infraestruturas básicas tornou-se em um dos motores de propuls?o das economias do bloco, bem como um meio de melhorar as condi??es de vida e garantir novos focos de esperan?a para o futuro dos habitantes de cada um dos membros”.
Um dos responsáveis do Minsitério do Comércio da China afirmou que, durante os últimos 10 anos, os membros do BRICS haviam completado perto de 100 projetos de coopera??o em áreas como economia, finan?as, agricultura, ciência, cultura, thinktanks, etc. Tudo isto veio permitir que a coopera??o BRICS,nos mais variados domínios, assegurasse novas garantias à vida de todos os cidad?os dos seus integrantes.
Durante o mês de agosto do corrente, foi anunciado em Shanghai,na reuni?o dos ministros das Rela??es Exteriores dos BRICS, a simplifica??o dos processos de investimento, apresentando aos investidores a uma “esta??o de servi?os de paragem única”, garantindo às empresas um meio célere de levar a cabo opera??es nesse sentido. Durante o mesmo mês, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) dos BRICS abrira o seu posto no continente africano, tendo por meta uma maior aloca??o de esfor?os para o apoio ao desenvolvimento do continente. Desde a sua funda??o, o NBD tem se dedicado à simplifica??o das opera??es de liquida??o e de empréstimos entre os BRICS, contribuindo para a redu??o da dependência de divisas como o dólar ou o euro. Este cenário garante resultados significativosno fluxo de circula??o das divisas dos países do BRICS e no número de opera??es comerciais a ter lugar entre eles.
Os números associados ao comércio eletr?nico da China nos últimos anos têm sido brilhantes, bem como o seu contributo para a coopera??o inter-BRICS. De acordo com estatísticas da plataforma Alipay, o seu número de utilizadores no exterior ultrapassa já os 40 milh?es. De entre os países estrangeiros, aqueles com maior número de utilizadores s?o a Rússia e o Brasil. A Ant Financial, após passar a ser acionista do “Alipay indiano”, o Paytm, garantiu também apoio tecnológico, proporcionando ao Paytm se tornar na terceira plataforma de pagamentos móveis a nível mundial (a primeira na índia), com um número de utilizadores com carteira eletr?nica de 220 milh?es.
A coopera??o no ambito da cultura, educa??o, desporto, entre outros setores, tem uma larga margem de progress?o. “O Brasil é o rei no futebol mundial. Esperamos levar o futebol samba à China”, disseSuGuoli, diretor do escritório de Xiamen da prefeitura municipal da Foz do Igua?u. Su referiu que existe o plano de convidar 1000 estudantes brasileiros entre os 13 e os 20 anos para realizarem um período de estudos na cidade chinesa, estando prevista a participa??oem atividades futebolísticas nas escolas locais e o incrementodos la?os de amizade entre os jovens de ambos os países.
O portal da agência de viagens Ctrip anunciou que durante o ano passado, o número de turistas chineses a visitar a Rússia, índia, Brasil e áfrica do Sul aumentou em mais de 50%, tratando-se de um indicador revelador da atual tendência ascendente. Por seu turno, o número de turistas a dar entrada na China provenientes dos BRICS é também cada vez maior.
Atualmente, numa altura em que se constata o arrefecimento no crescimento econ?mico dos países do BRICS, surgiram vozes alarmistas, apregoando o prenúncio da “perda de capacidade” do bloco. “O BRICS n?o irá perder as suas capacidades no futuro. A sua relevancia será cada vez mais pertinente”. Assim antevê ZhangJianping, diretor do Instituto de Investiga??o Comercial do Ministério do Comércio da China. Zhang defende que o contributo dos BRICS para a economia global deverá ser progressivamente mais significativo, superando até países desenvolvidos como os EUA, Jap?o, entre outros. O próximo passo, refere, prende-se com a interdependência cada vez maior ao nível comercial e do investimento entre os 5 países. Perante o cenário atual, a coopera??o entre eles será cada vez mais notória, afian?a.