O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Blairo Maggi, afirmou no domingo, na cidade chinesa de Xiamen, que as economias chinesa e brasileira s?o complementares, e que ambos países podem aprofundar a coopera??o em diversos setores.

O ministro proferiu as declara??es durante as atividades que est?o tendo lugar à margem da Cúpula do BRICS, em Xiamen, entre os dias 3 e 5 de setembro. O evento conta com a presen?a dos cinco líderes do bloco (Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul).

Na inaugura??o do fórum empresarial do BRICS, o presidente brasileiro, Michel Temer reiterou que a economia do país se encontra em recupera??o: “A infla??o, que passara dos 10%, está novamente sob controle e abaixo do centro da meta...o crescimento está voltando e, com ele, o emprego: a cria??o de postos de trabalho com carteira assinada já é a maior desde 2014”.

No que concerne à economia brasileira, Maggi disse que Brasil e China têm vários setores complementares. “Na agricultura, eu penso que o Brasil pode ser para a China a chave da seguran?a alimentar do país.”

Ele referiu ainda o plano de privatiza??o dos 57 setores brasileiros, publicado recentemente pelo governo de Temer, considerando que se trata de um grande número de oportunidades de investimento para empresas chinesas.

Comentando as palavras do Presidente Xi Jinping no fórum, especialmente no que diz respeito à inova??o e ao desenvolvimento sustentável, Maggi descreveu a inova??o como “palavra-chave” (especialmente aliada à agricultura, um setor incontornável para o país latino-americano). “é o que temos que perseguir mesmo”, afirmou.

Para ele, o Brasil tem um papel especialmente preponderante nas quest?es da economia sustentável e das altera??es climáticas.

“Para um país que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e tem a maior floresta preservada do mundo, ele está contribuindo de duas maneiras: para a seguran?a alimentar e para a seguran?a do clima (…) vamos ser cada vez mais produtivos, mas n?o o vamos fazer sobre a floresta Amaz?nica”.

O ministro revelou-se cético face às críticas que acusam o BRICS de estar a perder sua importancia, apontando que o mecanismo tem “muito potencial”. Maggi defende que deve ser mais do que um bloco como tantos outros e que os seus membros “têm que ter preferência entre eles”.