Brasília, 11 set (Xinhua) -- O ex-ministro da Secretaria do Governo do Brasil, Geddel Vieira Lima, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), voltou a ser conduzido à pris?o na sexta-feira,agora, acusado de um novo delito.
Vieira Lima, um dos principais aliados do presidente Michel Temer, estava em pris?o domiciliar, em Salvador, capital do estado da Bahía, devido a uma acusa??o de abuso de poder e foi detido na sexta-feira preventivamente, por prazo indeterminado, com a finalidade de impedir a oculta??o de provas.
A nova pris?o ocorre três dias depois da Polícia Federal apreender mais de 51 milh?es de reais (cerca de US$ 16 milh?es) em um apartamento supostamente usado por Vieira Lima como "bunker".
O ex-ministro foi trazido no mesmo dia para Brasília e levado novamente para a penitenciaria da Papuda, onde já tinha ficado entre 3 e 12 de julho, quando lhe permitiram cumprir pris?o domiciliar, com tornezeleira eletr?nica, em Salvador.
O pedido de pris?o foi embasado por impress?es digitais, depoimentos e até mesmo uma fatura em nome de uma empregada do irm?o de Geddel, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), encontrados no apartamento, cujo proprietário, Silvio Silveira confirmou às autoridades ter emprestado o imóvel à família para guarda de pertences do pai, falecido em 2016.
A deten??o foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela Opera??o "Cui Bono" -express?o em latim que significa a quem beneficia- que investiga fraudes na estatal Caixa Econ?mica Federal.
De acordo com as s investiga??es, Vieira Lima, no período em que foi um dos vice-presidentes da institui??o, entre 2011 e 2013, "atuava internamente, de forma orquestrada" para beneficiar empresas, liberando créditos e fornecendo informa??es privilegiadas a outros membros "da quadrilha que integrava".
Segundo a assessoria do Ministério Público Federal, a nova fase da 'Cui Bono' busca conseguir provas de crimes como corrup??o passiva, lavagem de dinheiro e associa??o ilícita.
Al?ado a um cargo de ministro por Temer quando assumiu o governo, Vieira Lima deixou o posto na Secretaria do Governo em novembro, após denúncias de que teria utilizado seu cargo para pressionar outros órg?os públicos para obter benefícios econ?micos pessoais.
Conta oficial de Wechat da vers?o em português do Diário do Povo Online