Santa Clara, Cuba, 10 out (Xinhua) -- Mais de 60.000 pessoas comemoraram no domingo o 50o aniversário da morte de Ernesto "Che" Guevara, revolucionário latino-americano.
O presidente cubano, Raúl Castro, esteve presente em um comício no Mausoléu Che Guevara, nesta cidade a 300 km a leste da capital Havana. O comício coroou uma semana de homenagens ao guerrilheiro que ajudou a derrubar a ditadura de Cuba e trazer Fidel Castro ao poder, antes de ele ser emboscado e morto na Bolívia em 09 de outubro de 1967.
Mais de 60 mil pessoas participaram da manifesta??o na Pra?a da Revolu??o, local onde se encontra uma impressionante estátua de bronze de Guevara.
No térreo do memorial, um recinto mantém os restos de Guevara e 30 de seus camaradas caídos na Bolívia. Uma chama eterna, acesa pelo ent?o presidente Fidel Castro, faz homenagem aos lutadores.
Domingo, Raúl Castro e outros líderes do Partido Comunista homenagearam Guevara e seus companheiros de guerrilha dentro do memorial.
Dirigindo-se aos presentes, o Primeiro Vice-Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse: "Che n?o está morto, como seus inimigos queriam. Sua figura cresce com o passar do tempo e as gera??es mais jovens reconhecem seu paradigma revolucionário.".
Guevara é agora um "símbolo universal" e inspira??o na luta pela liberta??o de diferentes na??es "oprimidas pelo imperialismo," disse Díaz-Canel.
"Ele tinha uma maneira muito original de enfrentar a vida, e seus companheiros sabiam como apreciar a sua simplicidade, sinceridade, naturalidade, companheirismo, estoicismo e disposi??o, sempre enfrentam a situa??o mais difícil," disse Díaz-Canel.
Seu altruísmo e consciente espírito revolucionário tornaram-se um ideal a seguir, disse Díaz-Canel.
Na Bolívia, o presidente Evo Morales, acompanhado por seu gabinete e outros líderes, andaram dois quil?metros de peregrina??o a La Higuera, onde Guevara foi morto por mercenários apoiados pela CIA.
Nascido na cidade argentina de Rosário, em 1928, e formado médico, Guevara se juntou a insurgência de Fidel Castro em 1956 para derrubar o ditador cubano Fulgêncio Batista, e desempenhou um papel de lideran?a na vitória rebelde.
Com Cuba sob nova lideran?a, ele deixou o país para continuar sua luta contra a opress?o, primeiro no Congo e depois na Bolívia, onde foi emboscado e morto por mercenários.
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