ESTRATEGISTA POR TRáS DA REFORMA DA CHINA
Xi lan?ou as maiores reformas do mundo para impulsionar a moderniza??o da China no século 21.
Três semanas depois que tomou posse em 2012, Xi passou pela mesma rota que Deng Xiaoping pegou em 1992, para a Província de Guangdong, no sul da China, a linha de frente da reforma há quase 40 anos.
"A reforma e abertura decide o destino da China", disse Xi em Guangdong.
Ser o máximo tomador de decis?o hoje n?o é menos desafiante do que em 1978. O que restam após décadas de um milagre econ?mico s?o as barreiras mais persistentes, como a mentalidade obsoleta, falhas institucionais e fortes interesses instituídos.
Muitos que duvidaram o futuro do país criaram junto uma série de teorias, que v?o de um pouso for?ado para a economia chinesa a um colapso total, mas Xi está profundamente ciente de sua responsabilidade.
"Estava ansioso dia e noite pelo medo de n?o cumprir a confian?a desde ser concedido a grande tarefa", disse Xi em uma reuni?o com altos funcionários militares logo depois que assumiu o cargo, citando Zhuge Liang, um político de quase 1.800 anos atrás, conhecido por seu pensamento estratégico e diligência.
Xi fez seu planejamento geral pelas instancias superiores através do plano integrado "cinco em um" - promover o progresso econ?mico, político, cultural, social e ecológico coordenado -- e da disposi??o estratégica de "quatro abrangentes" -- realizar de maneira abrangente uma sociedade moderadamente próspera, aprofundar de maneira abrangente a reforma, avan?ar de maneira abrangente no Estado de direito, e fortalecer de maneira abrangente a governan?a rigorosa do Partido.
Ele definiu a atual fase do desenvolvimento econ?mico da China como "a nova normalidade", que pede por novas solu??es para o crescimento, estrutura e for?a motriz da economia.
De abril de 2013, ele liderou um grupo de funcionários em um relatório chave para a terceira sess?o plenária do 18o Comitê Central do PCCh, um documento que se tornou mais tarde na base da reforma no futuro.
"Recebemos mais de 10 mil propostas de vários departamentos e governos locais. A dificuldade era como priorizá-las", lembrou Zheng Xinli, ex-subdiretor do Escritório de Pesquisa Política do Comitê Central do PCCh. "Foi Xi que tomou a decis?o final de concentrar-se na fraqueza institucional, os problemas que causaram grave conflito social e aqueles que o público se reclamou mais."
Também foi Xi que decidiu finalmente um dos maiores avan?os no projeto -- o relatório reposicionou o papel do mercado em distribui??o de recursos, de "um papel básico" que foi reiterado por numerosos documentos do Partido desde 1992, para "um papel decisivo", um grande salto na rela??o entre o mercado e o governo.
Seguindo o plano, uma série de reformas foram concretizadas, tocando nas áreas mais difíceis e complicadas, de empresas estatais, registro familiar, gest?o fiscal, terra rural a hospitais públicos.
Algumas dessas reformas costumavam a ser consideradas t?o sensíveis até quase impossível a ser realizadas.
O plano de reforma integral em 2013 incluiu uma mudan?a política sobre residências fornecidas aos funcionários de alto escal?o. Por anos eles receberam casas permanentes que eles e suas famílias podiam ocupar mesmo após sua aposentadoria. Só acomodar funcionários incumbentes havia sido discutido mas n?o adotado até o mandato de Xi.
Xi foi chamado "o nosso líder da equipe" pelo Dário do Povo, o jornal oficial do PCCh, pois, nos últimos cinco anos, ele chefiou um número de grupos dirigentes cobrindo áreas importantes que v?o da reforma integral, ciberseguran?a, reforma militar aos assuntos financeiros e econ?micos. Xi também anunciou que o PCCh criaria um grupo dirigente central para promover a governan?a conforme a lei em todos os aspectos.
Xi se envolveu pessoalmente no trabalho destes grupos, revisando frase a frase todos os projetos de políticas importantes da reforma.
Fontes próximas a ele disseram à Xinhua que todos os relatórios submetidos a ele, n?o importa o qu?o tarde da noite, s?o devolvidos com instru??es apropriadas na manh? seguinte.
Sob a lideran?a de Xi, a China entrou em uma fase de reforma e abertura mais profundas e mais abrangentes.
A economia moderna está se formando, seguida pela reforma estrutural de grande escala no lado da oferta e por projetos para promover a inova??o, vitaliza??o rural, desenvolvimento regional coordenado a economia de mercado socialista e abertura.
Para ajudar os funcionários a entender completamente a necessidade e a urgência da reforma estrutural no lado da oferta, Xi deu-lhes aulas com histórias da grande procura dos turistas chineses pelas panelas de arroz e assentos sanitários fabricados pelos japoneses, um exemplo de quanta aten??o ele prestava aos eventos diários.
A vis?o de Xi foi incorporada no ato que estabelecer a meta geral do aprofundamento da reforma como melhorar e desenvolver o sistema do socialismo com características chinesas e modernizar o sistema do país e a capacidade de governan?a.
A campanha de tornar as institui??es governamentais mais abrangentes, estáveis e eficazes foi elogiada como "a quinta moderniza??o", um adicionamento ao conceito popular de "quatro moderniza??es" -- agricultura, indústria, defesa e ciência -- proposto primeiro pelo Partido na década de 1960.
Da governan?a conforme a lei, desenvolvimento ecológico, valores essenciais socialistas à confian?a cultural, mais componentes foram adicionados ao design de moderniza??o da China.
A vis?o de "um grande país socialista moderno" de Xi, que visa o triunfo do socialismo sobre o capitalismo em todos os aspectos, n?o só orienta a China a evitar a armadilha da renda média, como também é um plano para governan?a dos países socialistas.
![]() | ![]() |