Beijing, 28 dez (Xinhua) -- A 1a Expo Internacional de Importa??o da China que se realizará em Shanghai, na China, entre os dias 5 e 10 de novembro de 2018, será uma oportunidade para os países de língua portuguesa - bem como todas as demais na??es e regi?es do mundo - apresentarem seus produtos e servi?os para os chineses, num intercambio que pode ampliar o acesso ao vigoroso mercado nacional e seus quase 1,4 bilh?o de habitantes. Além disso, será possível fechar negócios com os outros países expositores.
A iniciativa foi anunciada em maio deste ano pelo presidente chinês, Xi Jinping, e é voltada a mostrar o compromisso da China com a globaliza??o e a amplia??o do comércio internacional, baseado em trocas de benefício mútuo. é também um indicativo contundente de que a China quer abrir o seu mercado a negócios estrangeiros, conforme sinalizado no 19o Congresso Nacional do Partido Comunista da China, realizado em novembro.
Em entrevista nesta ter?a-feira, 26 de dezembro, ao principal jornal brasileiro de economia e negócios, Valor Econ?mico, o embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, ressaltou que os países têm de aproveitar a oportunidade criada pela expans?o da abertura chinesa. Segundo ele, “nos próximos 15 anos, estima-se que a China vai comprar US$ 24 trilh?es em mercadorias”.
Já convidamos o Brasil, com o intuito de ampliar as exporta??es de produtos de interesse para a China - afirmar o embaixador ao jornal.
A oportunidade é essencial n?o só para o Brasil, mas para outros países lusófonos. A maioria exporta produtos primários para a China, e há possibilidade de expans?o das pautas exportadoras destas na??es. Além do país sul-americano, comp?em o grupo Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Mo?ambique, Portugal, S?o Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
é desejo do governo central que, após sediar a Expo, a China possa continuar a elevar o nível de libera??o e facilita??o comercial e, em conjunto com outros países, aumentar o comércio global, dinamizar o papel de lideran?a em coopera??o econ?mica e comercial também na implementa??o da Iniciativa Um Cintur?o e Uma Rota, além de fazer bom uso do comércio internacional como propulsor do crescimento da economia mundial e contribuir para uma globaliza??o econ?mica mais vigorosa, inclusiva e sustentável.
Há um foco em países em desenvolvimento, que incluem inclusive subsídios do governo chinês para a participa??o. Impulsionar o comércio n?o é novidade para a China. Para se ter uma ideia, quatro dos países lusófonos - Angola, Guiné Bissau, Mo?ambique e Timor-Leste obtiveram neste ano tratamento preferencial para produtos produzidos a partir de componentes adquiridos na China ou entre o grupo de países do acordo - que soma 41 na??es, no total.
Agora, em novembro, a China Expo pretende servir como uma plataforma internacional de coopera??o criada pela China para países do mundo inteiro. Organizada pelo Ministério do Comércio da China junto ao Governo de Xangai no Centro de Exposi??es e Conven??es Nacional de Xangai, o evento terá também a Exposi??o Geral de Comércio e Investimento das Na??es e a Exposi??o Comercial de Empresas. Na primeira, os países s?o convidados e n?o há taxas para loca??o. Na segunda, os participantes arcam com os custos.
O espa?o destinado a produtos está separado nos seguintes setores: produtos inteligentes e equipamentos de ponta, aparelhos eletr?nicos, eletrodomésticos, vestuários, bens de consumo, automóveis, alimentos, produtos agrícolas, equipamentos e instrumentos médicos, além de produtos da área de saúde. A área de servi?os será composta por tecnologia emergente, terceiriza??o de servi?os, design inovador, cultura, educa??o, turismo, entre outros.
Turismo é um dos setores prioritários para o governo de Cabo Verde, por exemplo, que também vende chás, cafés, mate e especiarias para a China, ainda que o país asiático seja o terceiro comprador, bem atrás de Espanha e Portugal.