Paris, 8 jan (Xinhua) -- A Fran?a e a China podem optar por entrar em uma "longa marcha" visionando construir uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade, uma vez que ambos os países na história "colocaram-se a servi?o de um ideal de universalismo maior do que seus interesses imediatos ".
David Gosset, especialista sênior em rela??es internacionais e fundador do Fórum Europa-China, fez as observa??es em uma recente entrevista à Xinhua.
O presidente francês, Emmanuel Macron, deixou Paris no domingo à tarde para sua primeira visita de estado à China, tornando-se o primeiro líder europeu a visitar o país desde o 19o Congresso Nacional do Partido Comunista da China.
A visita de Macron revelará n?o apenas a sua concep??o de Fran?a, da Uni?o Europeia (UE) e de seu parceiro do outro lado do Atlantico, mas "sua abordagem global para o nosso tempo", disse Gosset.
A energia e a inspira??o de Macron, de 40 anos, que aparece como uma nova for?a, contribuir?o para a dinamica do relacionamento bilateral, disse o especialista.
O presidente francês pode ser um "mensageiro" no mundo ocidental da ideia de que uma China em crescimento é uma oportunidade para a Europa e um fator decisivo na equa??o para resolver grandes problemas globais, acrescentou.
Na coopera??o China-Fran?a a nível global, o especialista destacou a liga??o entre o crescimento qualitativo, a economia pós-carbono e a Iniciativa “Um Cintur?o, Uma Rota”, acrescentando que o link é um dos pontos em que Paris e Beijing podem demonstrar que uma "civiliza??o ecológica” deve ser construída para o planeta.
"Os dois países devem coinvestir substancialmente no ambito do Cintur?o e Rota em projetos de coopera??o no continente africano. Sempre que possível, eles devem atuar para a realiza??o de novas estradas da seda sustentáveis", disse Gosset.
O especialista também disse através dos esfor?os conjuntos de Paris e Beijing, um mecanismo deve ser estabelecido para reunir a UE, a Uni?o Africana e a China, que poderiam coordenar melhor as a??es relacionadas ao continente africano.
Gosset disse que a atual situa??o internacional exige que as duas na??es atuem em novas dire??es e pensem sobre "os princípios para a arquitetura do mundo vindouro", além de fortalecer a coopera??o em áreas tradicionais como comércio, educa??o, ciência e artes .
"Quando a Fran?a e a China refletem juntos sobre o mundo em mudan?a e tentam dar sentido a isso, o relacionamento franco-chinês n?o é mais a soma do que ministros, diplomatas ou empresários realizam com vários graus de sucesso", afirmou. "Isso se coloca ao servi?o de uma causa que a transcende, mas também dá o seu verdadeiro valor".
Os líderes dos dois países, apesar de suas diferen?as de idade e carreira, convergem em dois pontos essenciais, de acordo com Gosset.
"Primeiro, em sua filosofia política, eles criam apoio em seu país por sua capacidade de reconciliar o que, na superfície, parece ser oposto", disse ele. "(Segundo) na política internacional, eles convergem na ideia de defender o multilateralismo".
A visita de três dias de Macron à China come?a oficialmente na segunda-feira, durante a qual ele deve se encontrar com líderes chineses e participar de uma série de eventos em Beijing e em Xi'an, no noroeste do país.