A China acelerará a abertura do seu mercado de capitais a gestores de ativos estrangeiros, sendo que o mercado provavelmente assistirá a um aumento de novos produtos de investimento oferecidos por fundos estrangeiros no primeiro trimestre deste ano, afirmou um alto funcionário da Associa??o de Gest?o de Ativos da China (AMAC, na sigla inglesa).

A recente volatilidade do mercado de a??es e a intensifica??o da regulamenta??o para reduzir os riscos financeiros n?o prejudicou o esfor?o da China para reformar e abrir o seu mercado de capitais, e os gestores de fundos estrangeiros expressaram otimismo em rela??o às perspetivas a longo prazo do mercado chinês, explicou o funcionário.

A crescente afluência de investidores chineses e a sua crescente demanda por produtos de investimento cada vez mais sofisticados atraíram muitas empresas de investimento globais para o mercado de gest?o de ativos da China, avaliado em vários trilh?es de dólares.

Segundo a AMAC, até agora, 10 gestores de ativos estrangeiros, incluindo a Fidelity International, BlackRock, UBS, Man Group e Schroders, est?o qualificados para vender fundos onshore a clientes chineses.

Apesar da queda da semana passada de 9,6% no mercado de a??es A do continente chinês, Lynda Zhou, gerente de portfólio da Fidelity International, disse que uma maior abertura do mercado financeiro da China aconteceria neste ano, como a participa??o estrangeira.

A China abriu o seu setor de gest?o de ativos aos jogadores internacionais em 2016, permitindo que criassem empresas de propriedade totalmente estrangeira por forma a aumentar fundos onshore e investir no mercado de valores mobiliários do continente. Anteriormente, podiam apenas entrar no mercado possuindo uma participa??o minoritária em uma joint venture com um parceiro chinês.

Os gestores de fundos estrangeiros demonstraram interesse em levantar fundos onshore para investir no mercado interbancário de títulos chinês, que atualmente n?o está disponível, pois veem os produtos de renda fixa como uma importante classe de ativos e uma ferramenta necessária para se proteger contra riscos no mercado de a??es para seus clientes.

Muitos deles também est?o buscando aprova??o regulamentar para aumentar fundos onshore e investir em mercados estrangeiros com uma certa quota no ambito do programa piloto conhecido como “Qualified Domestic Limited Partnership”.

A China suspendeu o programa em 2015, já que o país enfrentou uma crescente press?o das saídas de capital. Mas o renovado interesse estrangeiro indica que as autoridades poder?o levantar a suspens?o no futuro próximo.

N?o é esperado que a recente corre??o do mercado prejudique os esfor?os da China para reformar seu mercado de capitais ou aumentar a atratividade das a??es tipo A para investidores nacionais e estrangeiros.

A Bolsa de Valores de Shenzhen afirmou na sexta-feira, em seu plano de desenvolvimento 2018-20, que irá reformar os atuais requisitos de listagem para seu conselho de inicializa??o e tornará a troca mais inclusiva para empresas inovadoras e de alta tecnologia.