Em tom caprichoso, quiseram os céus que a chuva perdurasse até à manh? do dia seguinte. Mas o tempo n?o iria levar a melhor. Nem pensar! Qualquer efeito depressivo que tal nebulosidade pudesse lan?ar sobre a cidade e no estado de espírito deste viajante foram rapidamente dissipados à boa maneira chinesa. A solu??o? Simples. Comida! A escolha dos melhores petiscos, reconhe?o, foi-me facilitada pela minha companheira de viagem, a minha namorada que, chinesa, como qualquer um dos seus conterraneos, tinha já de antem?o preparado a lista dos petiscos a degustar (n?o resisti ao estereótipo), para gáudio deste forasteiro glut?o que aqui discorre sobre o teclado, pois claro.

Roujiamo

O menu consistiu numa tigela de “hulatang” — um caldo com uma textura viscosa e aroma levemente ácido, repleto de peda?os de carne, legumes e especiarias com fartura; um cesto de “guantangbao”, uma variante local dos afamados p?ezinhos chineses recheados e cozidos a vapor, com um suculento interior de carne embebida numa calda exótica adocicada, sendo esta última o que os torna distintos; e o clássico “roujiamo”, ao qual muitos chamam de “hamburger chinês”, vendido por todo o país, mas originário desta província. Trata-se de um p?o cozido a vapor, posteriormente tostado, cortado ao meio e recheado de pedacinhos de carne. Em receitas mais heterodoxas pode incluir legumes, como pimento picado. A receita tradicional, influenciada pela religi?o mu?ulmana, opta pela carne de ovelha ou vaca. No resto do país é frequente encontrar a op??o da carne suína, n?o falássemos nós do país que mais consome carne de porco no mundo.