Brasília, 18 mai (Xinhua) -- O Ministério Público Federal denunciou 11 brasileiros por forma??o de organiza??o criminosa e promo??o do Estado Islamico (EI) no Brasil, informou nesta quinta-feira a assessoria de imprensa do órg?o.
Segundo os promotores, o grupo tentou recrutar jihadistas para lutar a favor do Estado Islamico na Síria, além de haver indícios de que eles teriam planejado um atentado durante o carnaval no Rio de janeiro ou em Salvador.
Cinco dos envolvidos respondem também pelo crime de corrup??o de menores, porque, entre as pessoas recrutadas por eles, estariam menores de 18 anos.
A denúncia é resultado da Opera??o átila, da Polícia Federal, mantida em sigilo até mar?o, e tem como base conversas interceptadas em aplicativos de mensagem.
Dos sete detidos desde outubro do ano passado, dois continuam presos preventivamente: Welington Costa do Nascimento, de 46 anos e Jhonathan Sentinelli Ramos, de 23.
As investiga??es come?aram em novembro de 2016, depois que autoridades espanholas notificaram às brasileiras que alguns números de celulares do país apareciam em grupos de WhatsApp suspeitos de "promover, organizar ou integrar" o EI.
Um dos grupos identificados possuía 43 integrantes, tinha o nome de "Estado do Califado no Brasil " e seus membros discutiram a cria??o de uma célula terrorista no país.
Em depoimentos à Polícia Federal, alguns disseram que se comunicavam com simpatizantes e membros de organiza??es terroristas em países como Síria, Turquia, Líbia, Afeganist?o e Estados Unidos.
Outros envolvidos relataram conversas sobre a organiza??o da célula e treinamento de grupos paramilitares no país, o que também consta de diálogos em celulares apreendidos pela Polícia Federal.