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Rio de Janeiro, 1o jun (Xinhua) -- O governo brasileiro aumentará os impostos sobre os exportadores e a indústria química e reduzirá os gastos com programas de saúde e educa??o para compensar o subsídio de R$ 9,6 bilh?es (US$ 2,5 bilh?es) à redu??o do pre?o do diesel e de tributos incidentes sobre o combustível, anunciada para acabar com a greve de caminhoneiros que paralisou o país desde a semana passada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial da Uni?o e preveem a extin??o de gastos que somam R$ 1,2 bilh?o (US$ 320 milh?es) em programas de fortalecimento ao Sistema único de Saúde (SUS), a concess?o de bolsas de estudo, a compra de áreas para a reforma agrária, a vigilancia nas estradas, entre outras coisas.
O corte de gastos busca compensar a redu??o por 60 dias de R$ 0,46 (US$ 0,12) por litro do diesel anunciada pelo presidente Michel Temer, como parte do acordo com os caminhoneiros, em greve desde segunda-feira da semana passada em protesto contra o aumento dos pre?os do combustível.
Para cobrir o subsídio, o governo aumentou os impostos das exporta??es, esperando arrecadar R$ 2,27 bilh?es (US$ 608 milh?es) este ano, anunciou a extin??o de um regime especial para a indústria química que deve aportar outros R$ 170 milh?es (US$ 45 milh?es) este ano e a redu??o de um crédito sobre os impostos dos refrigerantes, que deve arrecadar outros R$ 740 milh?es (US$ 198 milh?es) para o governo.
Além disso, o governo cancelou R$ 3,4 bilh?es (US$ 910 milh?es) em gastos previstos no or?amento para este ano e destinará R$ 5,7 bilh?es (US$ 1,51 bilh?o) de uma reserva do or?amento que ainda n?o tinha um destino definido.
Na quinta-feira, a situa??o nas estradas do país esteve praticamente normalizada, exceto em alguns pontos, pois os caminhoneiros est?o abandonando a paralisa??o e voltando ao trabalho.