
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fez uma visita de três dias à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) durante o fim-de-semana. O primeiro contato de alto nível entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, após a reuni?o histórica entre os seus dois líderes, demonstra os esfor?os contínuos de ambos os lados em resolver as suas diferen?as e promover o processo de desnucleariza??o.
Desde a cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e do líder da RPDC, Kim Jong-un, em Singapura, a 12 de junho, todo o mundo aguarda com expetativa que a quest?o da Península Coreana seja resolvida definitivamente. No entanto, dada a complexidade da situa??o, há ainda um longo caminho a percorrer até que esse desejo possa ser concretizado.
Washington e Pyongyang divulgaram vis?es diferentes sobre o desfecho da visita de Pompeo, provando claramente que os dois lados precisam ainda de mais consultas e entendimentos para que, juntamente com as demais partes interessadas, possam dissipar a desconfian?a e elaborar um roteiro para a paz e desnucleariza??o da península.
Embora Pompeo tenha descrito as negocia??es de alto nível como "produtivas" e insistido que vários progressos foram conseguidos, a RPDC classificou as negocia??es de alto nível como "lamentáveis" e criticou as exigências americanas como refletindo uma "mentalidade de gangster" em um comunicado. Felizmente, Pyongyang disse que ainda confia em Trump, o que é significativo para sustentar o atual clima estável.
Durante a reuni?o Trump-Kim, Washington e Pyongyang chegaram a acordos importantes sobre as quest?es principais. Mas seria ingênuo acreditar que a inimizade e a desconfian?a acumuladas ao longo de décadas simplesmente desapareceriam da noite para o dia.
Ao mesmo tempo em que s?o elaborados os detalhes de um roteiro para a desnucleariza??o e a paz, é essencial que os dois lados continuem com as consultas de alto nível e construam uma maior confian?a mútua para atender às principais preocupa??es do outro. Pode ser, como sugerido, que os dois países tenham diferentes entendimentos sobre a desnucleariza??o. Se este for o caso, isso prova a necessidade do envolvimento contínuo e da constru??o da confian?a.
Concomitantemente, os principais interessados na quest?o da Península precisam também de uma melhor comunica??o para estabelecer um consenso mais amplo entre eles. Afinal de contas, n?o deveria haver um retorno deste momento histórico na península, uma vez que está em conformidade com as aspira??es comuns da comunidade internacional para a desnucleariza??o e a paz.
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