O presidente chinês Xi Jinping assistirá à 10a Cúpula do BRICS, a ser realizada entre os dias 25 de 27 de julho, em Joanesburgo, na áfrica do Sul. Trata-se do sexto ano consecutivo em que o presidente chinês participa ou preside a cúpula do BRICS.
Segundo os especialistas, diante do unilateralismo e protecionismo comercial iniciado pelos EUA, a globaliza??o será um tópico inevitável desta cúpula.
Como os países do BRICS podem enfrentar o unilateralismo?
A coopera??o dos países do BRICS é um novo sistema da governan?a econ?mica mundial e, nessa plataforma, a globaliza??o econ?mica, o multilateralismo e a economia global aberta sempre foram, s?o e ser?o temas importantes, defendeu a ex-diretora do Instituto de Estudos da Economia Mundial dos Institutos de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China, Chen Fengying.
De acordo com Chen, com o unilateralismo e protecionismo comercial iniciado pelos EUA, o tópico da globaliza??o terá um significado refor?ado na cúpula deste ano.
Além de ser um mecanismo de coopera??o entre os cinco países membros, a Cúpula do BRICS é também uma plataforma de coopera??o Sul-Sul com a participa??o de economias emergentes na governan?a global, disse Xu Xiujun, diretor executivo da Base da Pesquisa do BRICS do Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Os países do BRICS promovem a constru??o de uma economia mundial aberta e se op?em firmemente a qualquer forma de protecionismo e unilateralismo, acrescentou Xu.
Coopera??o mais pragmática para dar um bom exemplo do multilateralismo
De acordo com Chen, o tema da cúpula deste ano será o crescimento inclusivo na 4a revolu??o industrial.
Atualmente, os países do BRICS têm as suas vantagens na indústria de fabrica??o como, por exemplo, a Rússia tem uma indústria pesada desenvolvida e a índia tem uma indústria de software competitiva. Gra?as a esses fatores, os países membros devem realizar coopera??es mais pragmáticas em projetos como a constru??o de parques industriais e a facilita??o de comércio e investimento.
Xu considera que a constru??o da parceria dos países do BRICS na nova revolu??o industrial e a promo??o de coopera??o nos setores de economia, comércio, finan?as, tecnologia e cultura estabelecer?o um bom exemplo para o combate ao unilateralismo e protecionismo.
Aprofundar os êxitos da Cúpula do BRICS em Xiamen e promover o mecanismo “BRICS+”
Durante a última Cúpula do BRICS, em Xiamen, a China realizou com sucesso uma conferência de diálogo entre economias emergentes e países em desenvolvimento, promovendo o mecanismo de coopera??o “BRICS+”.
Durante a cúpula em Joanesburgo, a áfrica do Sul continuará a realizar conferências de diálogo dos líderes do “BRICS+” , bem como o diálogo entre chefes de Estado do BRICS e líderes africanos, com base no encontro de Durban realizado em 2013. Tal ampliará a coopera??o do “BRICS+” e a rede de parcerias aberta e diversificada do BRICS.
Segundo Chen, estas duas conferências de diálogo do “BRICS+” visam discutir a coopera??o entre os países do grupo e países africanos, assim como entre mercados emergentes e países em desenvolvimento.
“Estamos perante várias quest?es de seguran?a, incluindo a quest?o do Ir?, por isso, temos que reajustar os nossos objetivos com a mudan?a da situa??o internacional”, acrescentou Chen.
A economia e comércio, a seguran?a política e o intercambio cultural s?o considerados os três pilares da colabora??o do BRICS.
Xu afirmou que os países do BRICS têm ainda muito a fazer em termos da seguran?a política e intercambio cultural e, por isso, a cúpula deste ano refor?ará a coopera??o nessas áreas, incluindo o estabelecimento de equipas de trabalho da manuten??o de paz, promo??o da colabora??o pragmática em seguran?a, e funda??o de outros mecanismos para impulsionar o intercambio cultural entre os países membros.