De acordo com um conjunto de dados divulgados pelo Ministério dos Assuntos Civis, no ano passado, o número do registro de matrim?nios na China foi de 10,631 milh?es, uma queda de 7,0% em rela??o ao ano anterior. Este é o quarto ano consecutivo em que os números diminuem desde 2014, sendo também a maior descida desde ent?o.
Em 2017, um total de 4,37 milh?es de casais chineses pediram o divórcio, um aumento de 5,2% face ao ano anterior. A taxa de divórcios é de 3,2 ‰, um número que tem vindo a aumentar cada vez mais.
Além disso, o casamento tardio é também destacado. De acordo com os dados, antes de 2012, a maior propor??o dos casais que registravam o casamento tinham entre 20 e 24 anos. Desde ent?o, a faixa etária dos 25 aos 29 anos tem sido a for?a motriz. Em 2017, o número de registros de casamento de casais com idades entre 25 e 29 anos foi responsável pela maior parcela de casamentos, correspondendo a 36,9%.
De acordo com a análise dos especialistas, o declínio no número de pessoas em idade para casar, o atraso na idade do casamento e a acelera??o da urbaniza??o s?o as raz?es principais para que existam cada vez menos casamentos no país.
Na China, desde a década de 1990, o número de nascimentos tem também diminuído anualmente. Desta perspetiva, o declínio no número de casamentos é também compreensível.
Concomitantemente, a idade do casamento é cada vez mais tardia. Com a populariza??o do ensino superior, o número de anos de educa??o para os jovens aumentou e a idade do casamento tem vindo a ser adiada.
Vale a pena notar ainda que o conceito de casamento mudou muito nos últimos anos. Para as gera??es "pós-1980" e "pós-1990" o casamento tardio e outros fen?menos s?o cada vez mais comuns.
Os analistas acreditam que, no futuro, devido à idade tardia e mudan?as estruturais do casamento, a taxa de casamentos possa continuar a diminuir.
Do ponto de vista da estrutura da popula??o, a China é agora considerada uma sociedade em envelhecimento, e a diminui??o das taxas de casamento e natalidade poder?o agravar o problema. Os especialistas sugerem que o Estado deve prestar aten??o e estudar cuidadosamente essa quest?o, introduzindo políticas de incentivo aos jovens para casarem e terem filhos.