Beijing, 30 ago (Xinhua) -- Os três maiores produtores mundiais de milho s?o os Estados Unidos, a China e o Brasil, e os chineses est?o ensinando suas técnicas de cultivo em S?o Tomé e Príncipe, que reestabeleceu as rela??es diplomáticas com o país asiático em dezembro de 2016.

Com o sistema chinês, a produtividade por hectar das mesmas sementes de milho em S?o Tomé desabrochou e teve um salto de 66%, segundo um instituto agrícola local.

Apenas 20 meses depois do retorno das rela??es, o país africano viu brotarem outras mudan?as além do milho. A qualidade dos pepinos, tomates e outros cultivos melhorou. Os porcos hidridizados crescem mais rápido e com melhor saúde. Os parasitas nas cabras diminuíram com os banhos de imers?o. Os pequenos caranguejos locais e cascos de cacau s?o processados para virar ra??o. Tudo isso com a assistência dos chineses, que também ajudam os locais a fazer ferramentas e a utilizar metano, além de ensinar técnicas agropecuárias a mais de 600 pessoas locais.

Retomados os la?os diplomáticos, em 20 dias chegaram os primeiros quatro especialistas chineses. Desde ent?o, 16 já participaram do projeto, que atualmente corre bem, afirmou Yang Yang, funcionária do Centro de Intercambios Internacionais do Ministério de Agrícola e Assuntos Rurais e responsável pelo projeto bilateral de forma??o agropecuário.

Yang Yang contou que, durante uma pesquisa em áreas rurais, especialistas chineses descobriram que algumas famílias comiam apenas fruta-p?o no almo?o, o que fez com que ficassem determinados a ajudar a promover o desenvolvimento agropecuário local.

A popula??o reconhece os resultados da assistência chinesa e sente "sinceridade, resultados concretos, afinidade e boa-fé", o conceito da coopera??o sino-africana proposta pela China em 2013.

Hélder Menezes, coordenador do Projeto de Desenvolvimento de Suinocultura do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de S?o Tomé e Príncipe, escreveu em agradecimento ao embaixador chinês pela coopera??o, "cujos frutos já est?o bem patentes em algumas a??es que têm sido realizadas". O dono de uma fazenda de porcos pediu à Embaixada uma bandeira chinesa para i?ar junto com a de S?o Tomé e Príncipe para mostrar a amizade entre os dois países.

As mídias locais fizeram reportagens sobre os especialistas chineses, e eles se tornaram muito conhecidos no país. A popula??o os exalta com a frase "Chinês bom!" todas as vezes que os encontram.

O que a frase elogia s?o as técnicas práticas e os especialistas da China, e a vontade chinesa de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

Em 3 e 4 de de setembro ocorrerá a Cúpula de Beijing do Fórum de Coopera??o China-áfrica, com o tema de "China e áfrica: em dire??o a uma comunidade ainda mais forte com um futuro compartilhado através da coopera??o de benefício mútuo".

"Considero importante e uma oportunidade soberana para os países africanos, que tanto precisam de um país como a China que estenda a m?o para eles", disse, após uma forma??o agrícola em Yangling na China, o angolano Valdemar Sim?es Morais, assessor do Gabinete de Seguran?a Alimentar do Ministério da Agricultura de Desenvolvimento Rural.

Morais e mais de 20 colegas angolanos aprenderam técnicas chinesas de cultivo, mecaniza??o e combate a doen?as e pragas, entre outras. Ele disse que, quando voltar para Angola, semeará o que aprendeu e apresentará um relatório ao governo.