Rio de Janeiro, 6 set (Xinhua) -- O Museu Nacional do Brasil, destruído por um incêndio na noite de domingo, n?o tinha autoriza??o dos bombeiros para estar funcionando, segundo nota divulgada na quarta-feira pela corpora??o do Rio de Janeiro.
O espa?o n?o possuía em dia o documento que atesta a conformidade das condi??es arquitet?nicas do prédio (área construída e número de andares) bem como a presen?a das medidas de seguran?a exigidas pela legisla??o, como extintores, caixas de incêndio, ilumina??o e sinaliza??o de seguran?a e portas corta-fogo.
A conclus?o dos bombeiros é de que a institui??o estava em situa??o irregular no que diz respeito à legisla??o de seguran?a contra incêndio e panico. A corpora??o, no entanto, n?o explicou por que o Museu permanecia aberto apesar disso.
Segundo a vice-diretora do Museu, Cristiana Serejo, o local era extremamente frágil e n?o tinha portas corta-fogo. A institui??o sofria com falta de recursos e tinha sinais de má conserva??o, como fios elétricos aparentes, cupins e paredes descascadas.
O Museu Nacional pegou fogo na noite de domingo por causas ainda desconhecidas. Fundado há 200 anos por Dom Jo?o VI, estava situado desde 1892 no Palácio S?o Cristóv?o, no parque da Quinta da Boa Vista (zona norte), que serviu de residência para a família real em período do século XIX.
A institui??o reunia mais de 20 milh?es de objetos de geologia, paleontologia, botanica, zoologia e arqueologia, com alguns dos exemplares mais importantes do continente americano.
Entre suas raridades, estava a maior cole??o de múmias egípcias da América, além de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no continente (em terras brasileiras), que representa uma jovem entre 20 e 24 anos, que teria vivido há uns 12 mil anos e o esqueleto do Maxakalisaurus topai, o maior dinossauro encontrado no Brasil.
Por seu vínculo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu era também um centro de pesquisa e ensino.
A destrui??o do Museu Nacional é a principal perda cultural já sofrida pelo Brasil e causou uma profunda como??o, n?o só para os cariocas, como para todos os brasileiros.
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