BEIJING, 19 de set (Diário do Povo Online) - A política de reforma e abertura da China, um importante motor que tem vindo a conduzir a economia chinesa nos últimos 40 anos, irá assegurar um crescimento econ?mico de qualidade elevada no futuro. Este foi o consenso a que chegaram acadêmicos e empreendedores durante um seminário em Beijing, ocorrido a 16 de setembro.
Durante a Sess?o Especial do Fórum de Desenvolvimento da China, organizado pela Funda??o de Investiga??o e Desenvolvimento da China, acadêmicos e representantes de negócios partilharam as suas opini?es sobre os marcos atingidos pela China ao longo das últimas 4 décadas, bem como a prosperidade que poderá ser atingida no futuro como fruto dessa medida.
“O PIB da China, calculado a pre?os comparáveis, atingiu um crescimento médio anual de 9.5% nos últimos 40 anos, muito acima da média mundial de 2.9% no mesmo período de tempo”, disse Li Wei, ministro do Centro de Investiga??o para o Desenvolvimento do Conselho de Estado.
Quando o seu PIB excedeu os 80 trilh?es de yuans em 2017, a segunda maior economia mundial havia se tornado o maior país industrial, o maior detentor de reservas cambiais, e a segunda maior na??o em matéria de investiga??o e desenvolvimento, acrescentou Li.
Ao longo das últimas 4 décadas, 700 milh?es de chineses foram retirados da pobreza absoluta, perfazendo mais de 70% da redu??o da pobreza no mundo neste período. A esperan?a média de vida dos chineses subiu para 76.7 em 2017 face 67.8 em 1981.
Além disso, a média de anos de educa??o para cidad?os com mais de 15 anos aumentou para 9.6 em 2017 de 5.3 em 1982.
A China tornou-se um motor do crescimento econ?mico global ao manter o seu contributo para este efeito em mais de 30% por vários anos.
Por um lado, a China garante um mercado internacional com diversos produtos de elevada qualidade a pre?os baixos, enquanto maior exportador do mundo, por outro lado, o país oferece ao resto da comunidade internacional a partilha dos frutos econ?micos, ao permitir o acesso ao seu mercado de mais de um bilh?o de consumidores como segundos maiores importadores do mundo.
Enquanto país em desenvolvimento que atrai capital estrangeiro, a China tem oferecido dividendos do seu desenvolvimento econ?mico a empresas fundadas no exterior.
Além disso, as empresas chinesas est?o também acelerando a sua expans?o para o exterior, a qual, por seu turno, promove o desenvolvimento econ?mico e tecnológico nos seus destinos de investimento.
A reforma e abertura da China trouxe de modo incessante imensos benefícios para a China e para o resto do mundo, afirma Robert Zoellick, presidente da Board of Alliance Bernstein Corporation e ex-presidente do Banco Mundial.
Ele acredita que uma política de maior abertura irá facilitar a globaliza??o econ?mica, sugerindo que a China deve continuar a depender da reforma e abertura para estimular a confian?a no mercado global.
As reformas nos direitos de propriedade e mercados dever?o ser simultaneamente aplicadas, visando assegurar a efetividade das reformas do sistema econ?mico, segundo Yang Weimin, vice-diretor do Comitê de Assuntos Econ?micos da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
A China planeja ainda reduzir a interferência do governo na aloca??o de recursos, dando mais liberdade de escolha ao mercado, acrescentou Yang.
O setor privado conseguiu enormes progressos desde a reforma e abertura, e o desenvolvimento econ?mico da China na próxima fase deve depender mais na inova??o independente, disse Fan Gang, presidente do Instituto de Desenvolvimento da China.
Entretanto, o presidente da BMW na China, Jochen Goller, afirmou que a China emitiu um importante sinal do aprofundamento da sua abertura, ao reduzir as tarifas em automóveis de 25% para 15%.