Beijing, 18 out (Xinhua) -- O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores chinês Lu Kang refutou na quarta-feira as acusa??es dos Estados Unidos no sentido de que a China utiliza a chamada "diplomacia da dívida" para ampliar sua influência a nível mundial.
Lu também pediu que a parte norte-americana veja corretamente a coopera??o da China com os países em desenvolvimento.
Em um discurso recente, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, acusou a China por usar a chamada "diplomacia da dívida" para ampliar sua influência em todo mundo.
O secretário de Defesa norte-americana, James Mattis, disse durante sua visita a Vietn? que a China "adotou um comportamento econ?mico predatório" e empilhou uma dívida massiva sobre países mais pequenos que resultará difícil de pagar.
"Diante de múltiplos feitos e estatísticas, os Estados Unidos, em repetidas ocasi?es, fabricou mentiras e tem feito declara??es irresponsáveis derivadas de suas próprias necessidades políticas. Isto é decepcionante", disse Lu em uma coletiva de imprensa regular.
De acordo com o porta-voz, a China entende as dificuldades que os países em desenvolvimento enfrentam, coopera com eles usando sua própria experiência de desenvolvimento e lhes ajuda dentro de suas próprias capacidades e sem nenhuma condi??o política.
Lu assinalou que esta coopera??o promoveu, em grande medida, o desenvolvimento econ?mico e social dos países relevantes e melhorou o bem-estar das pessoas locais.
"Por exemplo, a ferrovia Mombasa-Nairóbi, financiado e construído pela China, gerou quase 50 mil empregos para o Quênia. O Corredor Econ?mico China-Paquist?o contribuiu 2,5 pontos percentuais do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Paquist?o em 2016", disse Lu, acrescentando que essa coopera??o é bem-vinda em muitos países em desenvolvimento.
De fato, os projetos de coopera??o relacionados com a China representam apenas uma parte muito pequena da dívida dos países e regi?es aos quais os EUA se referiram recentemente de maneira exagerada, e n?o há nem um só país sumido em "a armadilha da dívida" devido à coopera??o com a China, assinalou Lu.
"Para o final de 2017, os empréstimos da China representaram apenas 10% da dívida externa de Sri Lanka. Os empréstimos totais da China para as Filipinas foram menos de 1% de sua dívida externa", disse.
"O embaixador de Sri Lanka na China disse recentemente que a acusa??o de que o governo chinês arrastou seu país à 'armadilha da dívida' é totalmente err?nea. O ministro das Finan?as paquistanês também refutou a acusa??o norte-americana no sentido de que a constru??o do Corredor Econ?mico China-Paquist?o gerou uma crise de dívida em seu país. Acredito que estes países s?o quem mais têm a dizer", indicou Lu.
Na cúpula do Fórum de Coopera??o China-áfrica realizada este ano em Beijing, assim como no 73a sess?o da Assembleia Geral da ONU, muitos líderes africanos também expressaram suas obje??es à falácia de que a coopera??o China-áfrica piorou a carga da dívida do continente, disse Lu, assinalando que expressaram seu desejo de desenvolvimento, financiamento e coopera??o.
Os EUA n?o receber?o apoio através de cravar etiqueta com indiscri??o sobre a China, disse o porta-voz.
"Pedimos a parte norte-americana veja corretamente a coopera??o da China com os países em desenvolvimento e esperamos que fa?am mais coisas práticas em favor do desenvolvimento desses países, em vez de ficar ociosos e gerar problemas", afirmou.
é pouco ético que algum país favore?a suas próprias necessidades políticas às custas do bem-estar das pessoas dos países em desenvolvimento, acrescentou Lu.