Dacar, 8 jan (Xinhua) -- O conselheiro de Estado e ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, fez no domingo em Dacar, capital do Senegal, seis propostas sobre como implementar os resultados da Cúpula de Beijing do Fórum de Coopera??o China-áfrica (FOCAC).
Numa coletiva conjunta após sua reuni?o com o ministro senegalês das Rela??es Exteriores, Sidiki Kaba, Wang disse que a coopera??o sino-africana se destaca por seu pragmatismo e eficácia, que também s?o vantagens exclusivas do FOCAC. Após a cúpula, o Comitê de A??o de Acompanhamento do lado chinês p?s em prática planos, atribuiu miss?es, desenhou roteiros e listou prioridades com diferentes países africanos de acordo com suas respectivas situa??es.
A China gostaria de coordenar estreitamente com o co-presidente do FOCAC, o Senegal, e promover os esfor?os nos seis aspectos seguintes, de acordo com Wang.
O primeiro é construir uma comunidade mais próxima de futuro compartilhado para a China e a áfrica, disse Wang, citando a ascens?o do unilateralismo e da hegemonia, que afeta a ordem internacional e as regras multilaterais, como um grande desafio para o futuro dos países em desenvolvimento.
Wang disse que a China, o maior país em desenvolvimento, e a áfrica, um continente onde a maioria dos países está em desenvolvimento, nunca foram mais conscientes de um futuro compartilhado e precisam superar os obstáculos que restringem o crescimento e salvaguardar os legítimos interesses da China, da áfrica, assim como de outros países em expans?o.
Em segundo lugar, é preciso promover a integra??o da Iniciativa do Cintur?o e Rota proposta pela China e da Estratégia de Desenvolvimento Socioecon?mico da Uni?o Africana, a Agenda 2063, assinalou Wang.
Incluindo o Senegal, 37 países africanos assinaram documentos sobre a coopera??o do Cintur?o e Rota com a China, lembrou ele, acrescentando que a China está disposta a trabalhar com a áfrica para explorar mais oportunidades na integra??o e colher mais frutos na constru??o conjunta do Cintur?o e Rota.
A aplica??o dos resultados do FOCAC em diferentes países africanos, de acordo com as respectivas situa??es, é a terceira proposta do enviado chinês.
Os países africanos têm diferentes situa??es e necessidades. Portanto a China distribuirá a sua ajuda e investimento caso a caso, tendo em conta as carências do país visado e os benefícios de toda a áfrica, disse Wang. Ele acrescentou que o papel de coordena??o da Uni?o Africana também deve ser ativamente aplicado.
Em quarto lugar, a China vai inovar sua coopera??o com a áfrica para torná-la mais eficiente, de acordo com o chanceler. As empresas chinesas s?o encorajadas a investir diretamente mais na áfrica e alinhar a constru??o da infraestrutura regional com o desenvolvimento da indústria local, para que a economia africana possa gerar o impulso de autossuficiência, diminuir a carga fiscal e os riscos financeiros, acrescentou.
O quinto é garantir que os resultados da cúpula do FOCAC beneficiem os povos da China e da áfrica, destacou Wang, acrescentando que as oito principais iniciativas propostas na Cúpula de Beijing do FOCAC contribuir?o para o alívio da pobreza e para o aumento do emprego e renda na áfrica.
Por último, mas n?o menos importante, a??es conjuntas de parceiros globais s?o necessárias para promover o desenvolvimento da áfrica, prop?s Wang.
A China insiste na coopera??o aberta e transparente com os parceiros africanos e espera que mais países possam investir na áfrica, desde que a vontade africana seja respeita, a voz africana seja ouvida e a necessidade africana seja satisfeita, assinalou Wang.
A áfrica deve ser um palco para a coopera??o internacional, em vez de uma arena para as grandes potências disputarem entre si, concluiu Wang.