Washington, 17 abr (Xinhua) -- Uma vers?o editada do relatório do conselheiro especial Robert Mueller sobre a investiga??o da Rússia será divulgada na quinta-feira, marcada para desencadear uma nova rodada de disputa entre a Casa Branca e os Democratas do Congresso.
O procurador-geral dos EUA, William Barr, dará uma entrevista coletiva no Departamento de Justi?a na manh? de quinta-feira para discutir o relatório de Mueller, disse uma porta-voz na quarta-feira.
A conferência de imprensa terá início às 9h30 da manh?, horário local (13h30 GMT), de acordo com a porta-voz Kerri Kupec.
Barr será acompanhado pelo procurador-geral Adjunto Rod Rosenstein, que nomeou Mueller em maio de 2017, mas o conselho especial e os membros de sua equipe de promotores n?o estar?o presentes.
O procurador-geral deve fornecer uma vis?o geral do relatório, explicando o seu pensamento e abordar quest?es de processo, de acordo com a CNN.
O Departamento de Justi?a disse que divulgará uma vers?o abreviada do relatório de Mueller na quinta-feira, quase um mês depois que o conselho especial concluiu sua investiga??o sobre a suposta interferência russa na elei??o presidencial americana de 2016.
Mueller apresentou um relatório de quase 400 páginas a Barr, cujo resumo de 4 páginas das "principais conclus?es" do relatório afirma que n?o havia evidência de conluio entre a campanha de Donald Trump e o governo russo.
O conselho especial, por sua vez, n?o chegou a uma conclus?o sobre se Trump havia obstruído a justi?a, disse a sinopse de Barr. O procurador geral concluiu que os achados de Mueller n?o s?o "suficientes" para apoiar uma acusa??o.
O presidente Trump, que reivindicou a "exonera??o total" do resumo de Barr, disse quarta-feira que p?de prender uma conferência de imprensa também.
"Você verá que muitas coisas fortes sair?o amanh?", disse Trump ao programa Larry O'Connor do rádio WMAL. "O procurador-geral Barr vai fazer uma conferência de imprensa. Talvez eu fa?a uma depois disso, veremos".
Trump deverá partir para a Flórida na quinta-feira à tarde, e ele pode falar com os repórteres após a partida.
Os democratas exigiram que o relatório completo e n?o editado seja tornado público para obter uma imagem mais clara da investiga??o de Mueller e conduzir a supervis?o do Congresso.
Barr prometeu ser o mais transparente possível, mas disse aos legisladores que partes do relatório de Mueller ser?o eliminadas para proteger o material do grande júri, inteligência sensível, assuntos que poderiam afetar as investiga??es em andamento e danos aos direitos de privacidade de terceiros.
O presidente da Camara Judiciária, Jerry Nadler, disse na quarta-feira que ele havia aprendido com o Departamento de Justi?a que seu painel n?o receberá o relatório até cerca de quinta-feira ao meio-dia após a conferência de imprensa de Barr.
" Isso está errado," tuitou Nadler, um democrata de Nova York que tem repetidamente criticado a manipula??o de Barr da libera??o do relatório de Mueller.
Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Casa, acusou Barr, um nomeado por Trump que foi empossado como procurador geral em fevereiro, de tentar "moldar a percep??o do público do relatório" pela realiza??o de uma conferência de imprensa antes de sua libera??o.
Nadler também disse que ele está "profundamente preocupado" com os relatos de que a Casa Branca está sendo informada sobre o relatório Mueller antes do seu lan?amento.
O New York Times informou na quarta-feira anterior que o Departamento de Justi?a havia discutido o relatório com a Casa Branca em várias ocasi?es na prepara??o para a quinta-feira.
Os painéis do Congresso ir?o supostamente receber o relatório em disco às 11 horas (1500 GMT).
Uma cópia do relatório será publicada no site do conselho especial após o documento ter sido entregue ao Congresso.
Mueller assumiu a investiga??o sobre a Rússia após Trump abruptamente demitiu o ex-diretor do FBI James Comey, um movimento que levantou quest?es sobre sua obstru??o potencial da justi?a.
O amplo inquérito conduziu a acusa??es de crime contra 34 pessoas, incluindo seis associados e conselheiros do Trump, e três entidades. A Rússia negou qualquer ingerência nas elei??es americanas.
Trump repetidamente criticou a investiga??o de Mueller como uma "farsa" ou uma "ca?a às bruxas".