Beijing, 22 abr (Xinhua) -- As empresas chinesas de energia solar enfrentam mais press?o que as usinas eólicas devido a cargas financeiras mais pesadas, segundo um relatório da Fitch Ratings.
Os resultados financeiros de 2018 mostraram que os perfis de crédito das empresas de energia eólica est?o se estabilizando, enquanto os dos parques solares est?o se enfraquecendo, disse a Fitch em uma nota de pesquisa.
Três operadores de fazendas solares chineses, incluindo a Beijing Enterprises Clean Energy e a Panda Green, registraram uma queda combinada no lucro líquido de 41,8% em 2018, enquanto a dívida aumentou 17,6%, observou a Fitch.
A agência de classifica??o atribuiu o declínio do lucro à dívida crescente e ao aumento dos custos de financiamento, já que o boom da instala??o de painéis solares nos últimos anos inflaram severamente os balan?os.
Enquanto isso, atrasos no recebimento de subsídios também exacerbaram a press?o do fluxo de caixa das operadoras de energia renovável.
Para os parques eólicos, a press?o do fluxo de caixa é menos severa, pois dependem de subsídios para uma propor??o menor de tarifas, disse o relatório.
As cinco subsidiárias renováveis ??dos cinco maiores grupos geradores de eletricidade da China (que investem principalmente em energia eólica), incluindo a Huaneng Renewables e a China Power Clean Energy, registraram um crescimento combinado de lucro líquido de 7,3% em 2018, equivalente ao aumento de 2,3% da dívida, segundo a Fitch.
Devido à divergência no desempenho, a Fitch acredita que algumas grandes operadoras de energia eólica já tenham alcan?ado fluxo de caixa livre positivo em 2018. No entanto, algumas fazendas solares provavelmente ter?o que optar pela venda de ativos para melhora da liquidez, já que o refinanciamento se tornou mais difícil.