Los Angeles, 7 jun (Xinhua) -- Se os Estados Unidos abandonarem sua vis?o arrogante e apreciar a beleza de todas as culturas, a atual guerra econ?mica, que tem suas raízes no declínio cultural do Ocidente, seria freada, disse à Xinhua um pesquisador dos EUA.
Embora os EUA permane?am fortes militar e tecnologicamente, est?o perdendo seu senso de identidade e sua capacidade de aprendizagem mútua com os outros para se reapropriarem dos valores que lhe deram for?a cultural na história, disse Clifford William Cobb, editor-chefe da Revista Americana de Economia e Sociologia.
Sobre a tendência crescente dos EUA de usar medidas tarifárias contra os parceiros comerciais, Cobb disse que se trata de uma guerra econ?mica e n?o de uma guerra comercial, e tem mais raízes no preconceito cultural do que nos déficits comerciais.
"A maior parte do pensamento ocidental original sobre os problemas sociais ocorreu nos séculos 17 e 18. S?o reflexivos e endógenos os atuais problemas que o sistema moderno de ordem social cria para si mesmo", disse Cobb.
"O Ocidente está se destruindo ao n?o contabilizar os efeitos secundários de suas próprias inven??es", disse ele.
Cobb assinalou que, nos últimos 250 anos, o Ocidente, incluindo os EUA, teve uma vis?o arrogante de que seu sistema cultural é superior e que n?o tem nada a aprender com outras culturas.
"A menos que abandone essa vis?o de si mesma, está condenada", disse ele. "O fracasso é uma escolha. Mas n?o é inevitável. Para continuar a avan?ar, o Ocidente precisa recapturar os melhores elementos de seu próprio passado e aprender com o restante do mundo."
Ele observou que o atual conflito econ?mico entre os EUA e a China exemplifica o impasse histórico, dizendo que alguns líderes s?o t?o arrogantes e beligerantes que escolhem conflitos políticos, o que fecha a porta para o intercambio cultural.
Embora o atual conflito comercial seja uma calamidade para a maioria das pessoas, que leva ao declínio do crescimento econ?mico, queda de renda e perda de empregos, Cobb viu um custo muito maior - a perda da coopera??o internacional em quest?es que n?o podem ser resolvidas por uma única na??o, por exemplo, a redu??o de gases causadores do efeito estufa.
"As negocia??es comerciais s?o as mais fáceis de administrar porque todos os lados s?o beneficiadores, pelo menos em princípio", disse Cobb. "Apelar às na??es para reduzir as emiss?es de gases do efeito estufa é muito mais difícil, porque isso implica menos uso de recursos energéticos e, portanto, um desenvolvimento econ?mico mais lento".
"Todas as na??es ter?o que fazer sacrifícios, e as na??es mais ricas precisar?o fazer os maiores sacrifícios", disse ele.