Cairo, 17 jun (Xinhua) - O ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, morreu na segunda-feira no tribunal após a conclus?o de uma sess?o de julgamento em uma a??o de espionagem, informou a TV estatal.
"O ex-presidente pediu para falar e o juiz lhe deu permiss?o", disse a TV estatal.
Morsi desmaiou e mais tarde e seu corpo foi levado para o hospital, acrescentou a TV estatal.
A mídia local disse que o ex-presidente sofreu um ataque cardíaco.
Ele estava participando de uma sess?o de julgamento no tribunal criminal do Cairo junto com outras 22 pessoas.
Nabil Sadek, o promotor público, disse em um comunicado que Morsi desmaiou na posi??o de um réu no tribunal depois de falar por cinco minutos e foi declarado morto no hospital às 16h50 do horário local (14:50 GMT).
"O exame médico inicial de Morsi mostrou que ele n?o tinha pulso, nenhum indício de respira??o e seus olhos estavam abertos e indiferentes à luz ou estímulos", disse o comunicado.
Uma autópsia n?o mostrou sinais de les?es recentes em seu corpo, disse Sadek.
Sadek ordenou o exame do corpo de Morsi, a checagem de imagens de cameras de vigilancia na corte, bem como a investiga??o daqueles que estavam presentes no momento da morte do ex-presidente.
De acordo com fontes judiciais informadas, Morsi foi tratado de acordo com a lei durante a deten??o, e estava sendo examinado por médicos regularmente, informou o site estatal Ahram.
Morsi, de 67 anos, que assumiu o cargo em 2012, foi deposto pelo exército em 2013 em resposta a protestos em massa contra seu governo.
Desde ent?o, Morsi e os principais líderes de seu grupo da Irmandade Mu?ulmana foram mantidos na pris?o, enfrentando julgamentos por acusa??es de assassinato, violência e espionagem.
Morsi estava cumprindo pena de 20 anos de pris?o por incitar confrontos entre seus partidários e oponentes no final de 2012, e 25 anos de pris?o por vazar documentos secretos para o Catar. Ele negou todas essas acusa??es.
A Irmandade Mu?ulmana foi proibida pelo governo egípcio desde 2014.
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