Beijing, 2 jul (Xinhua) -- A China e os Estados Unidos concordaram à margem da cúpula do G20 em Osaka, no Jap?o, em reiniciar as consultas econ?micas e comerciais com base na igualdade e no respeito mútuo, após as fric??es comerciais desde o ano passado.

O abrandamento das tens?es comerciais entre a China e os EUA n?o foi uma grande surpresa, já que é de conhecimento comum que uma guerra comercial n?o vai resolver pontos polêmicos entre os dois lados. Apenas o diálogo pode.

As táticas de press?o máxima n?o funcionar?o quando se trata de resolver disputas comerciais entre duas grandes economias. Há apenas um caminho para se chegar a um acordo entre a China e os EUA: o diálogo e a coopera??o.

O recente cenário off-track apenas revelou a natureza e a importancia das rela??es entre as duas maiores economias do mundo.

A China e os EUA, depois de décadas de engajamento em todas as frentes, est?o t?o interconectados que é impraticável e impossível desvinculá-los. Ninguém sabe sobre isso melhor do que as empresas americanas que dependem do mercado chinês para a produ??o e venda. Qualquer tentativa de romper os la?os econ?micos e comerciais dos dois países será dolorosa e infrutífera.

As fric??es comerciais China-EUA causaram nervosismo no mercado global de capitais, interromperam as cadeias industriais das multinacionais e pesaram sobre o crescimento econ?mico dos dois países e do mundo em geral.

O Banco Mundial reduziu as previs?es de crescimento econ?mico global para 2019 e 2020 em junho, enquanto os dados da Conference Board mostraram que a confian?a do consumidor dos EUA caiu em junho para o menor nível desde setembro de 2017, já que as tens?es comerciais aparentemente produziram impacto negativo no sentimento do mercado.

é por isso que a voz contra as tarifas adicionais tem sido t?o alta nos Estados Unidos, particularmente entre a comunidade empresarial.

A li??o deve ser aprendida. As vozes internas nos EUA e preocupa??es globais devem ser ouvidas.

Claro, a trégua n?o significa necessariamente que um acordo é iminente. Mas, depois de tantas rodadas de negocia??es e de medidas olho no olho, os Estados Unidos deveriam saber melhor do que nunca sobre os princípios e as posturas fundamentais da China. Atualmente, ambos est?o mais experientes e mais bem preparados para administrar suas divergências.

Muito trabalho ainda precisa ser feito. Será preciso mente aberta, paciência e até mesmo compromisso para elaborar um acordo baseado na igualdade e no respeito mútuo. A história mostra que os dois países podem sempre navegar em águas agitadas e seguir em frente.

Os ossos quebrados, se bem tratados, ficam mais fortes. Enquanto a China e os Estados Unidos mantiverem o diálogo, há esperan?a de um acordo equilibrado e de um vínculo mais forte.