Uma declara??o de uma pessoa identificada como sendo principal funcionário do Gabinete do Comissário do Ministério das Rela??es Exteriores na Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong refutou o ex -governador britanico de Hong Kong Chris Patten e exigiu que respeite os fatos, saiba seu lugar e deixe de dizer mentiras descabidas e se colocar em situa??es ridículas.
"O tempo continua passando, mas o Sr Patten parou no tempo, entrega-se a glória desbotada do colonialismo e recusa-se a encarar que já se passaram 22 anos desde que Hong Kong retornou à sua pátria”, disse o funcionário n?o identificado em declara??o no sábado.
Respondendo às observa??es de Patten sobre Hong Kong num relatório anterior nas mídias sociais, o funcionário afirmou que é vergonhoso e absurdo para Patten, que n?o foi eleito democraticamente, se considerar um "guardi?o" dos direitos humanos e da liberdade.
Em um artigo assinado publicado no Financial Times na sexta-feira, Patten escreveu que "o Reino Unido tem todo o direito de discutir com a China o que está acontecendo em sua antiga col?nia", e "a liberdade de express?o foi abalada" em Hong Kong.
A declara??o afirmava que o povo de Hong Kong n?o gozou de liberdade ou democracia durante os 150 anos que esteve sob o domínio colonial britanico. Em vez disso, "o povo de Hong Kong, uma vez"cidad?os de segunda classe" durante o período colonial, ergueram-se como seus próprios mestres com direitos e liberdades democráticas sem precedentes de acordo com a lei", disse.
Hong Kong possui agora uma economia com o dobro do tamanho de 1997 e tem sido classificada como a economia mais livre do mundo por mais de vinte anos consecutivos. Hong Kong obteve a 16a posi??o pelo seu estado de direito em 2018, até a 60a posi??o em 1996, sob o domínio britanico, afirmou. S?o fatos que nem mesmo o Sr Patten pode negar”, concluiu a declara??o.
Em 1o de julho, Hong Kong e a comunidade internacional testemunharam protestos violentos contra uma lei de extradi??o, incluindo manifestantes invadindo e vandalizando a constru??o da legislatura da cidade. Patten, no entanto, "fechou os olhos ao crime violento e tentou todos os meios para justificar os infratores", afirmou a declara??o.
"Tal conivência com a violência é um ataque ao estado de direito em Hong Kong, em total desconsidera??o dos direitos e da seguran?a da grande maioria dos residentes de Hong Kong. N?o mostra o mínimo sentido de justi?a ou moralidade", dizia a declara??o. Reiterou ainda que a Declara??o Conjunta Sino-Britanica, muitas vezes citada por Patten para pressionar a RAE e a China de Hong Kong, tornou-se nula quando Hong Kong regressou à pátria a 1o de julho de 1997.
O oficial criticou Patten, o último governador de Hong Kong, por "se sobrepor e colocar em prática tentativas desesperadas de causar problemas para a RAE de Hong Kong e a China em geral" por anos.
No domingo à tarde, um grupo se manifestou contra a lei de extradi??o, atualmente suspensa, e lan?ou uma marcha de protesto de Tsim Sha Tsui até a esta??o ferroviária de alta velocidade de Kowloon Oeste.
O projeto de lei, destinado a tapar lacunas legais no tratamento de fugitivos de Hong Kong, foi suspenso pelo governo a 15 de junho. Nas semanas que se sucederam, a cidade tem vivenciado o povo divergindo sobre a quest?o, bem como protestos que frequentemente envolvem violência.
A polícia prendeu um número de pessoas relacionadas com a violência e outros atos ilegais realizados durante recentes protestos.
A Secretária de Justi?a da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong, Teresa Cheng Yeuk-wah, afirmou no domingo, em uma publica??o em um blog, que os comentários e opini?es expressas na comunidade n?o afetariam o Departamento de Justi?a no cumprimento de suas fun??es judiciais.