Rio de Janeiro, 17 jul (Xinhua) -- O Governo brasileiro espera injetar 63 bilh?es de reais (US$ 16,8 bilh?es) na economia com a libera??o de dois fundos de benefícios para os trabalhadores, com o objetivo de estimular a economia do país que no primeiro trimestre registrou uma contra??o de 0,2%.
O anúncio foi divulgado nesta quarta-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao canal de TV GloboNews, na qual assegurou que, após a aprova??o no Congresso da reforma da Previdência Social e Aposentadorias, o governo prepara outras medidas de estímulo econ?mico.
Segundo Guedes, o governo pretende liberar 42 bilh?es de reais (US$ 11,2 bilh?es) de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Servi?o (FGTS) dos trabalhadores, e outros 21 bilh?es de reais (US$ 5,6 bilh?es) do Programa de Integra??o Social-Programa de Forma??o do Patrim?nio do Servidor Público (PIS-PASEP).
Em maio, Guedes já tinha afirmado que o governo estudava liberar os recursos do FGTS assim que fosse aprovada a reforma da Previdência. O FGTS é um abono que os trabalhadores recebem quando s?o demitidos ou se aposentam e que podem sacar em algumas situa??es, como para a compra da casa própria e, ao liberá-lo agora, o governo espera ativar a economia.
Já o PIS, é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada, administrado pela Caixa Econ?mica Federal, enquanto o PASEP é o abono pago aos funcionários públicos, através do Banco do Brasil.
A inten??o do governo é reativar a economia brasileira, que n?o consegue deixar para trás os efeitos da grave crise vivida entre 2015 e 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu em mais de 7 pontos.
Em 2017 e 2018, o Brasil cresceu apenas 1,1% em ambos anos e a previs?o para 2019 era de que ficasse em cerca de 3%, mas o alto desemprego, que supera 13 milh?es de pessoas e freia o consumo interno, e a baixa confian?a dos consumidores e dos empresários fez com que a expectativa atual seja de 0,8%.