Brasília, 3 set (Xinhua) -- O ministro da Casa Civil brasileira, Onyx Lorenzoni, coordenador do grupo interministerial enviado pelo presidente Jair Bolsonaro para avaliar a situa??o na Amaz?nia, disse nesta ter?a-feira que vai propor estender a presen?a das For?as Armadas na regi?o por pelo menos um mês, até outubro.
Após reunir-se com os governadores dos estados amaz?nicos ocidentais- Amazonas, Acre, Rond?nia e Roraima- em Manaus, Lorenzoni afirmou que a presen?a dos militares é importante para combater a causa dos incêndios florestais.
No dia 23 de agosto, Bolsonaro autorizou uma opera??o de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Ambiental para que os militares combatessem as queimadas na selva amaz?nica, a??o que termina em 24 de setembro.
"Fizemos o primeiro enfrentamento pontual nas áreas onde tivemos incêndios, mas é muito importante que se combata as causas, que est?o ligadas à quest?o do desmatamento ilegal, do garimpo ilegal", destacou o ministro.
Segundo Lorenzoni, as equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conserva??o da Biodiversidade (ICMBio), que atuam na fiscaliza??o, também precisam do suporte das For?as Armadas na preserva??o da floresta.
A comitiva interministerial encabe?ada por Lorenzoni tem a miss?o de discutir o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais e colher propostas para um plano de desenvolvimento sustentável da Amaz?nia.
Na segunda-feira, o grupo se reuniu em Belém, com os governadores da parte oriental- Pará, Maranh?o, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.
As reuni?es deram continuidade ao encontro que o presidente Bolsonaro manteve com os governadores, na semana passada, em Brasília.
De acordo com Lorenzoni, os governadores citaram novamente, nesta ter?a-feira, a regulariza??o fundiária, o zoneamento econ?mico-ecológico (ZEE) e o desenvolvimento da economia verde como essenciais para um bom planejamento de políticas para a regi?o, além de um monitoramento permanente contra os focos de incêndio.
O ministro informou que em 10 dias, o governo deve consolidar as propostas e apresentar um plano "estrutural e estruturante" para a Amaz?nia brasileira.
"Um plano que consiga fazer com que a produ??o e a preserva??o possam andar de m?os dadas, fazendo com que a gente preserve esse grande patrim?nio que o Brasil tem, mas, por outro lado, que os 23 milh?es de mulheres e homens da Amaz?nia tenham boas condi??es de vida, capacidade de se desenvolver produtivamente", concluiu o ministro da Casa Civil.