Bissau, 2 nov (Xinhua) -- As campanhas de 21 dias para as elei??es presidenciais agendadas para 24 de novembro na Guiné-Bissau come?aram no sábado, quando o país passa por mais uma onda de instabilidade política com dois primeiros-ministros e dois governos.
O primeiro governo, formado por Aristides Gomes após as últimas elei??es legislativas de 10 de mar?o, é amplamente reconhecido pela comunidade internacional. Seu primeiro-ministro, Gomes, se recusou a deixar o cargo, apesar de ter sido demitido pelo atual presidente, José Mario Vaz, que Gomes considera "ilegal".
Após reuni?o com o Conselho de Estado, o órg?o consultivo do presidente da Guiné-Bissau, Vaz, dissolveu em 28 de outubro, em decreto presidencial, o governo liderado por Aristides Gomes.
No dia 29 de outubro, Faustino Imbali, foi nomeado e empossado como o novo primeiro-ministro. No entanto, o governo de Imbali n?o é reconhecido pela comunidade internacional.
O prazo de Vaz deveria ter terminado no final de junho. Porém, durante uma cúpula da Comunidade Econ?mica dos Estados da áfrica Ocidental (CEDEAO), os Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO concordaram que Vaz permaneceria como presidente da Guiné-Bissau até a elei??o presidencial, mas a administra??o do país seria confiada ao seu primeiro-ministro, Aristides Gomes.
Reina uma confus?o política na Guiné-Bissau, onde as próximas elei??es presidenciais s?o vistas como o último passo para acabar com a crise política existente que ocorreu em 2015 entre o Presidente Vaz e o Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Vaz havia vencido a elei??o presidencial de 2014 como candidato do PAIGC.
De acordo com a lista publicada pelo Supremo Tribunal de Justi?a da Guiné-Bissau, um total de 12 candidatos concorrer?o à presidência, incluindo o presidente em exercício Vaz como candidato independente, e Domingos Sim?es Pereira, candidato do PAIGC.
As elei??es presidenciais deste ano ser?o realizadas no dia 24 de novembro, com um segundo programado para 29 de dezembro, se ninguém receber mais de 50 por cento dos votos no primeiro turno.