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Permanecer em Macau foi a escolha acertada, entrevista com Manuela Sousa

Fonte: Diário do Povo Online    29.11.2019 15h17

Por Lu Yang e Mauro Marques

Centro Cultural de Macau, 10 de dezembro de 1999. A macaense Manuela Sousa participava nos preparativos para a transferência de administra??o de Macau. A tarefa da qual estava incumbida era a interpreta??o simultanea entre chinês e português durante a cerimónia.

Em 2019, o governo da Regi?o Administrativa Especial de Macau (RAEM) galardoou-a com a Medalha de Mérito Profissional pelo seu contributo. Recordando a ocasi?o do retorno de Macau à China, Manuela afirma: “Tive muita sorte de poder participar na cerimónia. Testemunhar uma bandeira ser arreada e uma outra ser i?ada, simbolizou verdadeiramente esse retorno”.

Na Alameda Dr. Carlos d’Assump??o, Manuela Sousa relata aos repórteres do Diário do Povo Online o ambiente que se vivia na altura. “Fui afortunada em participar na maioria dos trabalhos no período de transi??o e de fazer interpreta??o. Foi um período de grande expetativa. O que se estava afinal a passar em todo o processo de retorno? Poder assistir a tudo pessoalmente foi muito gratificante”.

Nascida em Macau, Manuela Sousa faz parte da terceira gera??o de macaenses e trabalha atualmente como intérprete-tradutora assessora na Dire??o dos Servi?os de Administra??o e Fun??o Pública.

Nascidos no território, os macaenses s?o caracterizados principalmente pela descendência de portugueses e chineses. Atualmente, existem mais de 10,000 macaenses em Macau. A maioria s?o funcionários públicos espalhados pelos diversos departamentos do governo da RAEM. Existem também alguns no ramo da advocacia, contabilidade, constru??o, entre outras indústrias. Uma pequena fra??o está ligada ao setor do comércio de Macau.

Manuela refere que os macaenses atravessam uma mescla de sentimentos durante o processo de crescimento e de estudo. “Durante os meus estudos, sinto-me mais como portuguesa, devido à quantidade de elementos culturais portugueses e linguísticos durante todo o processo. A maioria dos meus colegas também eram portugueses. No entanto, no meu dia-a-dia, ao longo do meu crescimento, sou totalmente chinesa”.

Manuela consegue falar mandarim, cantonês e português, mas confessa aos repórteres que a sua língua materna é o cantonês, tendo aprendido o mandarim ao longo dos anos. A sua m?e é chinesa, sendo que foi muito influenciada pela cultura chinesa desde crian?a. “Compreendo a queima de incenso em reverência aos deuses, ou de papel em homenagem aos nossos antepassados, entre outros conceitos que têm influência demarcadamente chinesa. Os macaenses s?o isso mesmo, a convivência de características da cultura portuguesa e da cultura chinesa”.

Antes do retorno de Macau, Manuela trabalhava no governo local. No dia da transi??o, testemunhou todo o processo do hasteamento da bandeira chinesa. “Sinceramente, no momento em que a bandeira foi arreada, foi um pouco triste porque os portugueses estavam de saída. E agora? O que irá acontecer no futuro?”, relembra. Porém, 20 anos depois, acredita que a sua escolha em permanecer foi correta.

“Na altura estava já a trabalhar como tradutora no governo e senti que o futuro do setor seria certo, por isso decidi ficar. Acho que 20 anos depois, posso verdadeiramente dizer que n?o tenho arrependimentos e que ficar foi a escolha certa. Foi a escolha certa para mim e para a minha família”.

Com efeito, Macau é considerada uma plataforma de intercambio entre a China e os países de língua portuguesa, especialmente desde o estabelecimento do Fórum de Coopera??o Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em 2003. Quadros proficientes nas línguas chinesa e portuguesa, como Manuela Sousa, têm cada vez mais espa?o para avan?arem nas suas carreiras em Macau.

“Macau tem influência da cultura portuguesa. O nosso sistema legal e linguístico tem influências portuguesas. Como tal, enquanto plataforma, Macau está próximo dos países de língua portuguesa. Macau tem a capacidade e as condi??es para oferecer uma ampla gama de servi?os aos países de língua portuguesa. Servi?os legais, linguísticos ou outro tipo de situa??es nas quais n?o haja um entendimento t?o aprofundado do resto da China, Macau funciona como uma ponte.

A tradutora diz com um sorriso que, depois do retorno de Macau e da afirma??o do território como plataforma sino-portuguesa, a sua carga de trabalho aumentou consideravelmente, especialmente desde o 8o ano após o retorno, com cada vez mais quantidade de tradu??es. “Posso dar alguns números. Antes do retorno, havia cerca de 20 reuni?es por mês, e agora temos em média mais de 60, n?o incluindo reuni?es internas ou de curta dura??o”.

Apesar do aumento da carga de trabalho, Manuela Sousa está confiante no papel de Macau no refor?o dos la?os sino-lusos. “Depois do retorno, o governo tem gerido muito bem a RAEM. Com o forte apoio do governo central, podemos atingir um melhor desenvolvimento. O desenvolvimento económico fala por si. Tais resultados positivos podem também desempenhar a sua fun??o nesta aproxima??o”. 

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