Macau, 16 dez (Xinhua) -- O primeiro satélite de explora??o espacial de Macau foi batizado Ciência de Macau 1, anunciou no domingo Tam Chon Weng, Secretário para os Assuntos Sociais e Culturais da Regi?o Administrativa Especial de Macau (RAEM), em uma cerim?nia de abertura de uma exibi??o aeroespacial.
Durante a cerim?nia de abertura, o vice-diretor da Administra??o Nacional Aeroespacial da China (ANAC), Wu Yanhua, também anunciou que seu órg?o criará o Centro de Explora??o Espacial e Ciência de Macau para ajudar na coopera??o de explora??o de espa?o profundo entre a China e a sociedade internacional e para apoiar essas institui??es na Grande área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau a trabalharem conjuntamente.
O satélite, a ser lan?ado em 2021, é o primeiro do tipo a pesquisar a Anomalia do Atlantico Sul (SAA, em inglês), uma regi?o com reduzida intensidade magnética onde o cinto de radia??o interna está em sua altitude mais baixa.
Os geofísicos acreditam que o estudo de SAA possa ajudar a descobrir a raz?o do enfraquecimento do campo magnético da Terra.
O programa de satélite é operado pelo Importante Laboratório Estatal da China para a Ciência Lunar e Planetária, e aprovado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e estabelecido em 8 de outubro de 2018 na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).
O professor Zhang Keke, chefe do laboratório, é físico planetário e de Terra mundialmente renomado. Ele veio a Macau desde a Universidade de Exeter, Gr?-Bretanha, em 2018.
A equipe de pesquisa do Zhang tem cerca de 40 especialistas e estudiosos, incluindo figuras líderes e talentos jovens de institui??es mundiais bem conhecidas, que participaram de principais projetos chineses de explora??o de espa?o profundo.
A China lan?ará seu explorador de Marte em 2020. A equipe de Zhang também participou da pesquisa e desenvolvimento desse explorador.
Além da explora??o de espa?o profundo, os cientistas do laboratório também fazem pesquisa sobre física lunar, física planetária, geologia lunar e química planetária.
O professor associado Zhu Menghua, do laboratório, obteve um avan?o este ano, e sua tese Reconstruir a História de Acréscimo Tarde da Lua foi publicada em julho na Nature.
Zhu também estudou a biologia planetária, um campo onde os cientistas tentam descobrir sob quais ambientes extremos a vida pode sobreviver.
O professor associado André Guimar?es Lemos Antunes, um dos biólogos planetários do laboratório, disse que a China está em uma fase animadora de explora??o espacial. Em Macau, o Importante Laboratório Estatal da China para a Ciência Lunar e Planetária tem condi??es convenientes para conduzir pesquisa vanguardista e engajar-se no programa espacial da China.
Como português, Antunes sente em casa em Macau. Segundo ele, o interessante sobre Macau é que ela tem la?os históricos com Portugal, ent?o ele está contente ao trabalhar aqui.