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O ano em que o rato decidiu p?r o povo chinês uma vez mais à prova

Fonte: Diário do Povo Online    04.02.2020 10h58

Mauro Marques

Jantares de fim de ano com os colegas de trabalho, abertura de presentes aqui e acolá, boa disposi??o no trabalho e fora dele, carrinhos de supermercado atulhados circulando por um manto vermelho de adere?os característicos da ocasi?o festiva, já em contagem decrescente na cabe?a de todos. Estava quase! O momento do descanso, do abra?o fraterno da família, das gargalhadas e traquinices das crian?as, de usar as roupas mais chiques e também mais descontraídas, de rever velhos amigos e vizinhos, de falar sem amarras o dialeto da terra, de saborear novamente aquele prato que apenas o calendário, por uma vez no ano, é capaz de temperar na perfei??o. O Ano Novo

Chinês estava à porta, a nova década estava ao virar da esquina. O clima era de festa e nada mais importava.

Paralelamente, o porco, o animal do zodíaco de malas feitas para sair de cena, n?o estava satisfeito. Por ventura melindrado pela peste suína, engendrou um conluio com o companheiro pronto a rendê-lo, o rato, influenciando-o a “roer” as aspira??es do povo chinês para o início do novo ano.

Infelizmente, assim foi. Wuhan, situada bem no centro da China, com 11 milh?es de habitantes, é uma possante metrópole, considerada o cora??o dos transportes do país. O pulsar da massiva esta??o ferroviária que aloja, em consonancia com a sua localiza??o geográfica central, espalha através das suas artérias milh?es e milh?es de pessoas.

O resultado, é a situa??o tensa que hoje p?e à prova, uma vez mais, a uni?o do povo mais numeroso do mundo e, por acréscimo, alguns forasteiros que a China recebeu e que nela encontraram uma segunda casa. O autor deste texto é um deles.

Descrever o dia a dia de Beijing, cidade em que resido, desde que o surto do coronavírus deixou o país em alerta máximo é t?o estranho quanto é para mim imaginar Wuhan, que visitei pela primeira vez em agosto do ano passado, com base nos relatos que chegam de lá.

Aqui, parece que o dia do Ano Novo Chinês se prolonga indefinidamente, através do silêncio das ruas de uma cidade que, tradicionalmente, vê a vasta maioria dos seus habitantes regressar às suas origens nesta esta??o. Findas as férias, porém, as lanternas continuam, estáticas, a enfeitar as grandes avenidas, cujo sinal de vida apenas se manifesta pelos esporádicos veículos que nelas transitam e pelos incógnitos mascarados que percorrem seus passeios.

Olhando atenciosamente, todavia, há diferen?as. Nas portas de cada edifício est?o colados letreiros a avisar da importancia de usar máscaras no exterior, de lavar as m?os regularmente, de arejar a casa. Locais turísticos ou atividades com potencial aglomera??o de pessoas foram encerrados. Subitamente (mais) folhetos forram paredes e elevadores onde funcionários de limpeza diligentemente apontam a hora a que cada desinfe??o é realizada. As pessoas que usam transportes públicos s?o expostas à medi??o de temperatura. Espalham-se frascos de desinfetante em locais públicos.

Comportamentos prejudiciais como espalhar rumores infundados em redes sociais, aumento predatório de pre?os de bens essenciais ou outras práticas moralmente condenáveis s?o prontamente (e felizmente) repreendidas pelas autoridades.

Cidades em quarentena, amplia??o do período de férias, racionamento e triagem escrupulosos das pessoas autorizadas a viajar, garantia da possibilidade de trabalhar a partir de casa, refor?o dos quadros de profissionais de saúde, devidamente supridos com membros do exército, hospitais construídos em tempo recorde, demonstra??es permanentes de solidariedade e campanhas despontam a toda a hora nas redes sociais.

Se tirarmos um momento para pensar no impacto social e económico, que se coaduna à quest?o da saúde pública, em que as pessoas se mantêm em casa e apenas saem quando estritamente necessário, como idas ao supermercado, facilmente temos no??o da gravidade da situa??o e da importancia que a solidariedade internacional assume neste momento.

Esta é a realidade que me rodeia e que sigo atentamente todos os dias, fazendo votos para que a normalidade seja reposta o quanto antes.

N?o será, seguramente, neste momento, segredo para o mundo aquilo que o povo chinês é capaz quando se une por uma causa nacional. Estou confiante, assistindo às medidas resolutas aplicadas, que a China acabará por sair vitoriosa desta batalha. Recorde-se que o país já se debatera com um surto de pneumonia atípica no fatídico ano de 2003.

Resta esperar que no futuro, o rato apresente uma faceta mais cordial e brinde o povo chinês e o resto do mundo com melhores surpresas. 

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