Gao Jie
Apesar de estar sob press?o devido à epidemia do novo coronavírus, a economia chinesa continua a se abrir ao resto do mundo. Várias localidades em todo o país têm vindo a introduzir sucessivamente políticas favoráveis para expandir a abertura em diversos níveis, assegurando forte apoio à economia e estabilidade da China e do resto do globo.
No dia 14 de fevereiro, o Banco Popular da China, juntamente com outros 4 departamentos do governo de Shanghai, lan?aram as “Sugest?es para a Continua??o da Acelera??o do Centro Financeiro Internacional de Shanghai e do Apoio financeiro para o Desenvolvimento Integrado da Foz do Rio das Pérolas”. O documento contém 30 medidas específicas, envolvendo empresas de ciência e tecnologia, gest?o patrimonial, seguradoras e fundos de investimento, e liberaliza??o da nova área financeira de Lingang. Isto revela que a expans?o da abertura da indústria financeira é uma orienta??o de longo prazo da China e que a intensidade e ritmo de abertura n?o ser?o afetados pela epidemia.
No dia 18 de fevereiro, o Ministério do Comércio da China lan?ou o “Comunicado no Sucesso dos Trabalhos de Estabiliza??o do Comércio e Investimento Externos e na Promo??o do Consumo em Resposta à Situa??o do Novo Coronavírus”, como forma de resumir as medidas de minimiza??o do impacto da epidemia no desenvolvimento de negócios. A notifica??o envolveu vários aspetos, tais como: apoio ao comércio e investimento externos, circula??o de produtos, apoio ao comércio eletr?nico, promo??o da constru??o conjunta de projetos nos países participantes da iniciativa do Cintur?o e Rota, simplifica??o na gest?o de medidas comerciais; isen??o de candidaturas em papel para licen?as de importa??o e exporta??o; apoio a seguros para exporta??es; orienta??o para zonas piloto de livre comércio na implementa??o de reformas, entre outros.
Além disso, a China lan?ou também um conjunto de medidas para melhorar o ambiente de negócios, tais como formas de reduzir impostos corporativos e taxas, aumento de pagamentos fiscais, inje??o de liquidez no sistema financeiro, e redu??o da carga burocrática.
Atualmente, embora a epidemia tenha colocado alguma press?o na economia chinesa, muitos gigantes chineses acreditam que o impacto será de curto prazo, mantendo-se confiantes no mercado chinês. Durante o mês de fevereiro, a Oaktree Investment Management Co., Ltd (Beijing), uma subsidiária da famosa empresa de investimento Oaktree Capital, tornou-se a primeira empresa americana a instalar-se em Beijing durante o período de preven??o e controlo epidemiológico. A empresa mantém as previs?es otimistas de longo prazo sobre a economia chinesa e seus mercados de capital. A fábrica da Tesla em Shanghai está também expandindo a sua capacidade de produ??o, e a sua presen?a no mercado chinês tem servido de incentivo a várias outras empresas estrangeiras a rumar ao país. A americana PepsiCo, por exemplo, tem mais de $700 milh?es no mercado chinês.
A epidemia n?o pode conter a expans?o da China. A China seguiu proativamente a tendência da globaliza??o econ?mica, persistiu na abertura das portas do país para a constru??o e conseguiu a virada histórica da clausura ou semi-clausura para uma abertura total. A abertura do país tornou-se uma marca distintiva da China contemporanea. A iniciativa da China de expandir a sua abertura e participar ativamente na globaliza??o econ?mica n?o só permitiu o auto-desenvolvimento, mas beneficiou também o resto do mundo.
Quanto maior a abertura, maior será o desenvolvimento. Olhando defronte, a posi??o importante da China na cadeia de fornecimento global e na cadeia industrial n?o irá mudar devido ao impacto da epidemia. A China irá aderir à política nacional básica de abertura ao resto do mundo, à abertura para promover a reforma, o desenvolvimento e a inova??o, enquanto se relaciona cada vez mais com a comunidade internacional. é importante mencionar que a estrutura industrial da China está se ajustando à nova realidade. Existem várias novas áreas a explorar, como economia da internet, big data, computa??o em nuvem, 5G, novas energias, manufatura de ponta, telemedicina e educa??o online.
(O autor é professor na Universidade de Economia e Estudos Internacionais da China)