A situa??o de pandemia por Covid-19 na áfrica continua a piorar, tendo o número de países afetados no continente detetado mais de 400 casos na ter?a-feira, de acordo com o mais recente relatório do Centro de Controle e Preven??o de Doen?as de áfrica (CDC áfrica).
Os observadores chineses advertiram que, embora tenham sido registradas melhorias, o sistema de saúde do continente é ainda limitado, estando na iminência de um colapso de grande escala. O papel da China nesta batalha é, portanto, considerado urgente.
O CDC áfrica informou no seu mais recente relatório sobre a situa??o de pandemia que, na ter?a-feira, 443 casos de Covid-19 foram contabilizados em 30 países africanos. Um total de 4 países apuraram já um total de 10 mortes. O Egito tem atualmente o maior número de casos confirmados no continente, 166, seguido da áfrica do Sul com 62.
“No rescaldo do surto de ébola entre 2014 e 2015, áfrica estabeleceu um sistema de saúde pública que, desde janeiro, atuou de forma muito eficiente no treinamento de quadros médicos para a dete??o e preven??o de casos de Covid-19 em grandes áreas do continente. Porém, tal sistema de saúde pública continua sendo menos desenvolvido que o congênere de outros continentes. A escassez de suprimentos e capacidade manufatureira pioram a situa??o, à medida que a epidemia se dispersa”, disse Liu Haifang, diretor executivo do Centro de Estudos Africanos de Beijing e professor associado da Escola de Estudos Internacionais da Universidade de Beijing, disse na quarta-feira.
Entre os 30 países africanos com casos de infe??o, indica o relatório, 18 deles foram casos importados, sendo que a maioria proveio de Itália, Fran?a e Espanha.
Por exemplo, na áfrica do Sul, o segundo país mais atingido pela pandemia no continente, 5 dos casos locais de Covid-19 estavam ligados ao Reino Unido, 4 aos EUA, 3 a Fran?a e 2 a Itália.
Para combater a pandemia, muitos países africanos, como o Egito, Marrocos e Djibouti suspenderam temporariamente os voos internacionais, enquanto o Sud?o selou todos os seus portos marítimos.
Medidas de longo prazo para deter as transmiss?es locais e defender da importa??o da doen?a, especialmente da Europa, constituiriam em uma amea?a séria a áfrica, disse Liu ao Global Times na quarta-feira.
“A situa??o melhorou na China. Enquanto continuamos a nossa luta contra a doen?a em casa, a China vai ajudar e apoiar os países africanos e organiza??es regionais tanto quanto possível”, afirmou Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, durante uma coletiva de imprensa na ter?a-feira.
“Enviamos um lote de suprimentos de emergência para os países africanos afetados. As nossas equipes médicas est?o também apoiando na luta contra a epidemia. As empresas chinesas e organiza??es civis forneceram também suprimentos urgentes aos países africanos”, frisou no evento de ter?a-feira.
A China pode também trabalhar com áfrica para estabelecer um mecanismo conjunto de preven??o e controle, tal como fez com a Coréia do Sul e Jap?o, para partilha de informa??es.